
O presidente nacional do PT, Rui Falc�o, disse nesta segunda-feira que a presidente Dilma Rousseff n�o o desautorizou ao dizer que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, permanecer� no cargo. "De maneira nenhuma, ela ressaltou bem que era a opini�o dela, a opini�o do governo, e a minha opini�o, a do PT. E que � natural, � leg�timo eu externar minhas opini�es, principalmente porque � um Pa�s democr�tico", disse Falc�o ao deixar o instituto Lula, onde acompanhava uma apresenta��o do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa - mais pr�ximo dos petistas que Levy.
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Falc�o fez quest�o de separar a posi��o do seu partido com a do governo, mas sinalizou que o PT vai continuar a pressionar por uma mudan�a na pol�tica econ�mica. Questionado sobre o ajuste fiscal, repetiu: "N�o sei qual � o prazo que eles (governo) previram para durar. Eu acho que precisava mudar."
"Desde junho, no Congresso do PT em Salvador, n�s temos sugerido mudan�as. Somos um partido que est� no governo, tem outros partidos que est�o, n�s temos externado a nossa opini�o", ponderou. "Quem tem que dosar o momento, o ritmo (de mudan�as), � o governo", minimizou, mas j� assumindo novamente a defesa de mudan�as na pol�tica econ�mica.
Falc�o disse que "n�o tem esse poder", de causar instabilidade pol�tica e econ�mica com uma entrevista, e afirmou ainda que o epis�dio n�o enfraquece "de maneira nenhuma" o di�logo entre o PT e o governo, que classificou de "constante, frequente e muito proveitoso".
Sobre a discuss�o em torno da recria��o da CPMF, Falc�o disse rapidamente que as falas do governo t�m ido na dire��o da recria��o do imposto, mas que outras op��es est�o na mesa. "Eles (governo) t�m dito que � o plano A, B e C a CPMF, mas h� outras sugest�es sendo feitas por economistas", disse.
"Precisamos construir estabilidade pol�tica para retomar o crescimento econ�mico. Com crise pol�tica, estimulada pela oposi��o, que joga no quanto pior melhor, s� dificulta as coisas para o Pa�s", completou.
Neste domingo, em entrevista publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, Falc�o afirmou que a retomada do crescimento do Brasil depende de mudan�as na pol�tica econ�mica, como o aumento na oferta de cr�dito. Ele disse ainda que Levy deveria deixar o cargo se discordar de medidas nessa dire��o. Em Estocolmo, na Su�cia, a presidente Dilma Rousseff reagiu � press�o pela derrubada de seu ministro da Fazenda. "Ele (Levy) n�o est� saindo do governo. Ponto", declarou a presidente.