
Segundo Baiano, Cerver� falou sobre "negocia��es envolvendo pol�ticos, em que o tom, o contexto e as circunst�ncias sugeriam tratar-se de neg�cios il�citos".
"Se recorda de Nestor Cerver� ter comentado sobre uma negocia��o em que o senador Fernando Collor estaria pressionando para a BR Distribuidora adquirir uma quantidade enorme de �lcool de uma safra futura, perante usinas indicadas pelo parlamentar, o que pareceu estranho ao depoente e a Nestor Cerver�, at� mesmo pelo valor, que girava em torno de R$ 1 bilh�o", afirmou Baiano.
Cinco depoimentos de Fernando Baiano foram tornados p�blicos nesta quarta-feira, nos autos da Lava-Jato. Collor j� foi denunciado pela Procuradoria-Geral da Rep�blica por corrup��o e lavagem de dinheiro. As investiga��es indicam que o ex-presidente recebeu R$ 26 milh�es em propina entre 2010 e 2014 por um contrato de troca de bandeira de postos de combust�vel assinado pela BR Distribuidora, subsidi�ria da Petrobras, e por outros contratos da estatal com a UTC Engenharia, outro alvo da Lava Jato.
A den�ncia contra Collor detalha o esquema de lavagem de dinheiro usado pelo senador, com a compra de carros de luxo, al�m de dela��es que apontam entrega de dinheiro em m�os ao pol�tico.
Subordinado do doleiro Alberto Youssef, pe�a central da Lava Jato, Rafael �ngulo relatou ter dado pessoalmente R$ 60 mil a Collor em um apartamento do parlamentar. A Pol�cia Federal tamb�m obteve a confirma��o de oito comprovantes de dep�sito em nome do senador, mencionados em dela��o por Youssef. O doleiro disse ter feito "v�rios dep�sitos” a Collor, no valor de R$ 50 mil.