Bras�lia, 22 - O presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), n�o quis comentar a dela��o premiada de Fernando 'Baiano' Soares, na qual o delator descreveu aos investigadores da Opera��o Lava Jato como acertou com o peemedebista estrat�gias para pressionar o lobista Julio Camargo a pagar US$ 16 milh�es em propinas atrasadas. Os desvios seriam relativos a contratos de constru��o de navios-sonda da Petrobras.
"N�o sou comentarista de dela��o", afirmou Cunha ao ser questionado sobre as informa��es divulgadas na manh� desta quinta-feira, 22, pelo portal Estad�o. De acordo com a dela��o de Baiano, houve reuni�es na casa e no escrit�rio do presidente da C�mara, no Rio, entre 2010, na �poca de campanha eleitoral, e 2011. Baiano � apontado como o operador do PMDB no esquema de propinas da Petrobras.
Sigilo
O peemedebista disse que n�o tomou conhecimento da decis�o do ministro e relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, de negar hoje um recurso de sua defesa. A defesa pedia que o inqu�rito contra ele, a filha, Danielle, e a esposa Cl�udia Cruz, tramitem na Corte em segredo de Justi�a. "Quem faz o pedido s�o meus advogados. Cabe a eles responder", afirmou.
Cunha, a esposa e a filha s�o investigados por suspeita de terem contas secretas na Su��a abastecidas com dinheiro desviado da Petrobras. O peemedebista � suspeito de ter patrim�nio n�o declarado de cerca de R$ 61 milh�es no exterior.