Rio, 23 - O l�der do PMDB na C�mara dos Deputados, Leonardo Picciani, criticou com dureza a oposi��o na tarde desta sexta-feira, 23. Para o parlamentar, os oposicionistas que pedem o impeachment da presidente Dilma Rousseff cometem um erro e est�o desrespeitando o resultado das elei��es de 2014.
"� um erro jur�dico, pol�tico e de fundo democr�tico. Demonstra que a oposi��o n�o se conforma com o resultado das urnas. Isso � conspira��o", afirmou Picciani. As declara��es foram dadas � reportagem ap�s a entrevista que o deputado concedeu ao programa "Jogo do Poder", da Rede CNT, no Rio.
Para o deputado, parte da oposi��o decidiu promover uma campanha pelo impeachment e depois foi buscar fatos que justificassem o pedido. "N�o � assim. N�o se pode partir de uma decis�o para depois buscar os elementos", disse Picciani.
Ele comparou as diferen�as do atual momento com o processo que ocorreu contra o ex-presidente Fernando Collor. Para o l�der do PMDB, no caso de Collor surgiram ind�cios que depois foram sustentados pelo depoimento de Pedro Collor, irm�o do ex-presidente.
A�cio
O peemedebista tamb�m criticou a atua��o do senador A�cio Neves (PSDB-MG), candidato derrotado � Presid�ncia no segundo turno do ano passado. Picciani disse que o tucano comete um "erro" ao defender a tese do impeachment.
"� um erro do A�cio. Para n�o perder o capital pol�tico n�o vai se respeitar o resultado da elei��o? � uma pauta personalista. Tanto que h� diverg�ncias. O (governador de S�o Paulo, Geraldo) Alckmin, por exemplo, � contra essa tese de impeachment. Eu, pessoalmente, queria que o A�cio tivesse vencido. Trabalhei para isso."
Picciani foi eleito deputado pelo PMDB do Rio e fez parte do movimento 'Aez�o', que apoiava a reelei��o do governador fluminense, Luiz Fernando Pez�o (PMDB), mas n�o a de Dilma - o grupo aderiu justamente a A�cio. Na lideran�a do partido na C�mara, substituiu o hoje presidente da Casa, Eduardo Cunha, que em entrevista publicada nesta sexta-feira pelo jornal O Estado de S.Paulo afirmou que quem defende a ren�ncia dele do cargo deveria fazer o mesmo com Dilma.