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Estado de Minas

� CPI, Mantega nega tr�fico de influ�ncia para 'compra' de MPs


postado em 27/10/2015 20:19

Bras�lia, 27 - Na primeira vez em que falou publicamente desde que deixou o governo, no fim do ano passado, o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega disse nesta ter�a-feira, 27, em depoimento � CPI do BNDES, na C�mara dos Deputados, que medidas provis�rias n�o s�o alvo de tr�fico de influ�ncia e negou qualquer participa��o em esquema de compra de MPs investigado pela Pol�cia Federal.

"N�o acredito que houve qualquer beneficiamento a qualquer setor nessas MPs. MPs s�o feitas de forma t�cnica e isenta. N�o h� qualquer participa��o nossa nessa hist�ria", afirmou. "Nos pautamos para que n�o haja tr�fico de influ�ncia de qualquer natureza, n�o seria admiss�vel e devemos aguardar investiga��es".

Pedaladas

Questionado sobre os atrasos de repasses de recursos do Tesouro para o BNDES para cobrir os subs�dios da Uni�o nos empr�stimos do banco, Mantega disse que o banco n�o teve nenhum preju�zo. "O BNDES n�o tem nenhuma perda, para cada dia de atraso existe uma remunera��o", afirmou.

O ex-ministro disse ainda concordar com o posicionamento do atual titular da Fazenda, Joaquim Levy, de que � preciso fazer ajuste fiscal neste momento, como foi necess�rio em 1999 e 2002. "A diferen�a � que temos condi��es melhores agora, reserva, mercado interno, menor n�vel de desemprego", afirmou.

Mantega defendeu a pol�tica econ�mica desenvolvimentista adotada em sua gest�o no governo, mas disse que reconhece os problemas enfrentados pela economia atualmente. "Todos reconhecemos problemas, tivemos seca, queda nas commodities e instabilidade pol�tica que atrapalha economia", acrescentou.

'Per�odo bom'

Em tom de brincadeira, o ex-ministro disse que deveria ter deixado o posto antes. "Deveria ter sa�do no per�odo bom, e n�o ter ficado para o per�odo de acomoda��o de crise. � inevit�vel na economia capitalista", afirmou.

� CPI, Mantega rebateu a fala de um dos deputados e disse que n�o foi demitido pela presidente Dilma Rousseff. "Vinha me preparando para sair do governo, fui o ministro mais longevo e tinha s�rio problema com a fam�lia. J� tinha dito que n�o continuaria se ela fosse reeleita", afirmou.

Em rela��o �s proje��es feitas durante o per�odo eleitoral, que n�o se concretizaram, Mantega disse que houve engano de todo mundo. "A previs�o do Focus para 2014 era de crescimento de mais de 1%. O mercado se enganou, n�s enganamos. O ministro Levy achou que em seis meses ia fazer o ajuste. A gente se equivoca, n�o houve m� f�, mas houve equ�voco de todos", admitiu.

Ele disse ainda que foi necess�rio aumentar a tarifa de energia el�trica, porque houve o "azar de uma seca terr�vel", como tamb�m teve o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em 2001. "A presidente fez uma aposta em 2013, era un�nime que era necess�rio reduzir as tarifas. Foi um azar", completou.

Mantega admitiu que a economia brasileira passa por s�rios problemas, mas que existem vantagens que "n�o v�o se dispersar", como as reservas internacionais e o mercado interno forte.

"Tem que retomar o crescimento, tem que voltar a ter cr�dito, s� estou dando umas pistas porque n�o quero que digam que estou polemizando com o ministro Levy. Seria uma ofensa � equipe que est� a�, que eu respeito", ressaltou.


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