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Estado de Minas

Manifestantes anti-Dilma s�o surpreendidos por sem-terra

Manifestantes anti-Dilma acampados h� dias em frente ao Congresso foram surpreendidos ontem com a chegada de integrantes dos sem-terra. Houve bate-boca e a pol�cia foi chamada


postado em 29/10/2015 06:00 / atualizado em 29/10/2015 07:32

"Invas�o" provocou bate-boca e por pouco n�o houve agress�es entre manifestantes contr�rios e favor�veis ao governo (foto: renato Costa/Framephoto/estad�o Conte�do)

Bras�lia – Uma situa��o inusitada foi observada em frente ao gramado do Congresso Nacional, onde o Movimento Brasil Livre (MBL), que acampa desde o in�cio da semana no local, foi surpreendido com a chegada, na tarde de ontem, de militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). A “invas�o” gerou bate-boca entre lideran�as dos movimentos.

Em entrevista ao site Congresso em Foco, o coordenador nacional do MBL, Alexandre Santos, a a��o do MTST � uma tentativa de desmantelar o acampamento do movimento anti-Dilma. Com cerca de 30 barracas e 50 manifestantes, o grupo foi autorizado pelo presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a permanecer ali – embora um ato conjunto da C�mara e do Senado pro�bam atividades do tipo no local, tombado como patrim�nio hist�rico da Humanidade. Com faixas pedindo o impeachment da presidente Dilma, eles dizem que ficar�o no gramado at� o peemedebista decidir pelo acolhimento do pedido de afastamento.

“Ontem (ter�a-feira), o l�der do governo amea�ou a gente em plen�rio. A� hoje (ontem) chega esse movimento, que � aparelhado pelo governo. Eles (os manifestantes do MTST) est�o querendo desestabilizar o nosso movimento, est�o querendo impedir o nosso movimento”, disse Santos, em refer�ncia ao l�der do PT na C�mara, Sib� Machado (AC), que na v�spera, chamou, na tribuna, os manifestantes do MBL de “vagabundos”.

Sib� se manifestou ap�s um grupo ligado ao MBL fazer  um protesto nas galerias do plen�rio da C�mara durante sess�o de vota��o. Eles estenderam duas faixas com os dizeres “Impeachment” e “Fora, Dilma” e acabaram retirados do local pela Pol�cia Legislativa ap�s vaiarem o deputado petista Wadih Damous (RJ), que discursava contra o afastamento da presidente, argumentando que inexiste “qualquer suporte jur�dico” que sustente o impeachment.

Enquanto o deputado discursava, o grupo come�ou a vai�-lo e a cantar uma m�sica em que falava “fora petista” e “a roubalheira do PT est� acabando”. A atitude provocou uma rea��o exaltada de Sib� Machado, que, al�m de chamar os manifestantes de “vagabundos”,  disse que iria coloc�-los “para correr”. “Vamos pro pau com voc�s agora”, gritou o l�der petista.

TERRORISMO A coordenadora do MTST, Ulianne Costa, disse que a presen�a dos manifestantes no gramado n�o est� relacionada a apoio � presidente Dilma. Segundo ela, eles est�o ali para pressionar os senadores durante vota��o do Projeto de Lei da C�mara 101/2015, que tipifica o crime de terrorismo. Previsto para ser entrar em vota��o ontem, o texto afeta diretamente as causas populares, pois, segundo ela, poder� enquadrar como criminosas as a��es dos movimentos sociais. “N�o tem nada a ver com o impeachment da Dilma. Estamos aqui pela lei do terrorismo. A gente vai ficar aqui, acampado, at� esse projeto ser votado”, disse ela.

Quanto � ocupa��o, Ulianne nega que a mudan�a de “setor” do acampamento tenha sido uma provoca��o ao MBL. Segundo ela, a Pol�cia Legislativa recomendou a mudan�a, fato que foi confirmado pela reportagem do Congresso em Foco com os policiais que estavam no local. De acordo com os policiais, os dois grupos n�o poderiam ocupar o local, mas, como j� h� ocupa��o, eles recomendaram que os manifestantes ficassem concentrados em um s� local. A pol�cia legislativa n�o soube dizer se os grupos ser�o retirados do local.

Para a lideran�a do MTST, o presidente da C�mara abriu precedente e ter� que conceder a mesma autoriza��o ao sem-tetos. “Com autoriza��o, pode. Ent�o, tamb�m queremos uma. Se eles podem, a gente tamb�m pode”, disse a coordenadora do movimento. Com a chegada dos sem-tetos, a pol�cia militar do tamb�m se fez presente e cercou as redondezas do Congresso. Enquanto o acampamento era montado, os militantes soltavam fogos e cantavam “ocupar, resistir e morar aqui”.


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