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Estado de Minas

Intima��o de filho de Lula gera crise no governo

Ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo cobra explica��es da PF sobre ordem judicial, que foi entregue �s 23h, determinando que filho de Lula preste depoimento na Opera��o Zelotes


postado em 30/10/2015 06:00 / atualizado em 30/10/2015 07:22

Bras�lia – A intima��o feita pela Pol�cia Federal ao filho do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva para prestar depoimento na Opera��o Zelotes gerou uma crise depois que o ministro da Justi�a, Luiz Eduardo Cardozo, cobrou explica��es da institui��o. A PF intimou Lu�s Cl�udio Lula da Silva logo ap�s ele sair da festa de 70 anos do pai, na noite de ter�a-feira. Os agentes foram ao endere�o dele em S�o Bernardo do Campo, na Grande S�o Paulo, mas n�o o encontraram. Ficaram esperando ent�o a chegada dele e entregaram a intima��o. O depoimento deveria ser prestado nessa quinta-feira (29) na superintend�ncia da PF em S�o Paulo, mas ele solicitou que fosse ouvido na semana que vem para poder se inteirar do inqu�rito. A data ainda n�o foi marcada.

 

Cardozo enviou of�cio ao diretor-geral da Pol�cia Federal, Leandro Daiello, para que explique a raz�o de o filho do ex-presidente ter sido intimado a prestar depoimento �s 23h, o que o ministro considerou “fora do procedimento usual”. Ele  pediu os esclarecimentos para que avalie se solicitar� abertura de investiga��o. Cardozo disse ter informado Lula de que pediria esclarecimentos � PF. Investigadores sustentam que n�o h� impedimento para que a intima��o seja feita � noite.

Os advogados de Lu�s Cl�udio, em nota, disseram que o prazo entre a intima��o e a oitiva era muito curto e n�o tinham conhecimento do inteiro teor das investiga��es, foi requerida a marca��o de nova data para que sejam prestados os esclarecimentos. “Reitera-se que a mera opini�o de dois procuradores da Rep�blica de que os pagamentos feitos pela Marcondes e Mautoni � LFT seriam ‘muito suspeitos’ n�o autoriza a pr�tica de qualquer medida que implique mitigar as garantias fundamentais de qualquer cidad�o.”

QUEBRA DE SIGILO A Justi�a Federal determinou nessa quinta-feiraontem a quebra do sigilo fiscal, banc�rio e telef�nico de todo o material apreendido segunda-feira pela PF na sede das empresas que t�m como s�cio Lu�s Cl�udio Lula da Silva. Em comunicado oficial, a ju�za C�lia Regina Ody Bernardes, da 10ª Vara Federal, salientou que o processo referente � Opera��o Zelotes “j� tramita em regime de publicidade”. Os tr�s alvos de busca da PF s�o a LFT Marketing Esportivo, que recebeu dinheiro de uma das empresas suspeitas de pagar propina no esquema, a Touchdown Marketing Esportivo e a Silva Casara, registrada em nome da nora do ex-presidente.

“Determinei o afastamento do sigilo fiscal, banc�rio e sobre o fluxo de comunica��es e de dados em sistemas de inform�tica e telem�tica de todo o material apreendido, de maneira que a Pol�cia Federal possa examinar computadores e m�dias, e, se for o caso, sujeit�-los � per�cia. Portanto, afastei os sigilos de tudo quanto tiver sido apreendido, inclusive nas tr�s empresas acima referidas”.

O Minist�rio P�blico solicitou a devassa nas empresas por considerar suspeita a transfer�ncia de R$ 1,5 milh�o do escrit�rio Marcondes & Mautoni para a LFT Marketing Esportivo, do filho do ex-presidente. A M&M, do ex-vice-presidente da associa��o das montadoras de Ve�culos (Anfavea) Mauro Marcondes, � uma das empresas suspeitas de formar um cons�rcio para “comprar” medidas provis�rias que concedem incentivos fiscais para a ind�stria automobil�stica. Em 2014, quase todo o dinheiro que a M&M recebeu veio da MMC Mitsubishi, que diz ter contatado a empresa para fazer “estudos” sobre os efeitos dos benef�cios fiscais � sua ind�stria em Goi�s.

Do caixa da empresa de Marcondes, chamou a aten��o dos procuradores as prioridades dos pagamentos. Em primeiro lugar, quem mais recebeu dinheiro em 2014 foi o pr�prio dono. Em segundo, a empresa de Luis Cl�udio. De acordo com Zanin, os valores se referem a projetos e relat�rios na �rea de esporte, que foram efetivamente executados e elaborados. A for�a-tarefa da Zelotes suspeita que as medidas provis�rias 471/2009, 512/2010 e 627/13 tenham sido produzidas e alteradas de forma a atender — com pagamentos de propina — os interesses das montadoras. No caso da LFT Marketing Esportivo, os pagamentos da M&M coincidem com a tramita��o e convers�o em lei da medida provis�ria.


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