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Estado de Minas

Dilma deveria dizer que s� renuncia se Congresso aprovar reformas, sugere FHC

H� pelo menos dois meses, o ex-presidente tem defendido publicamente a ren�ncia como um "gesto de grandeza" para Dilma


postado em 30/10/2015 14:01 / atualizado em 30/10/2015 14:07

Em entrevista na manh� desta sexta-feira, 30, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que a presidente Dilma Rousseff teria como melhor alternativa para a crise pol�tica propor um pacto pelo qual aceitaria renunciar ao mandato mediante a aprova��o de reformas que dificilmente o Congresso e os partidos aceitariam fazer por conta pr�pria, como melhorar os sistemas partid�rio-eleitoral e o previdenci�rio. "Ou ela assume e chama o Pa�s �s falas, apresenta um caminho cr�vel para o Pa�s e recupera a for�a para poder governar, ou ent�o ela, pelo menos, deixa uma marca forte: 'Eu saio se voc�s aprovarem tal e tal coisa", afirmou o ex-presidente tucano, em entrevista � R�dio Ga�cha, do Grupo RBS.

"Como a presidente est� em uma situa��o t�o delicada, t�o dif�cil, de t�o baixa popularidade e, ao mesmo tempo, com tanta dificuldade de aprovar qualquer coisa no Congresso, o que seria com grandeza? 'Olha aqui, voc�s querem que eu saia? Eu saio, mas voc�s primeiro me deem tais e tais reformas, para criar um clima mais positivo'", afirmou FHC. Para o tucano, as prioridades dessa agenda deveriam ser as regras das disputas eleitorais e o sistema p�blico de pagamento de pens�es e aposentadorias. "Muda a reforma eleitoral, porque esse sistema est� fracassado. Mexe a Previd�ncia, porque se n�o vai falir. Exige umas tantas coisas que sejam anseios nacionais e (diz:) 'Se fizerem isso, eu caio fora'. Um gesto e, se fizer isso, nem cai fora, porque ganha (for�a pol�tica)."


H� pelo menos dois meses, FHC tem defendido publicamente a ren�ncia como um "gesto de grandeza" para Dilma. Logo ap�s as manifesta��es contra o governo e o PT de 16 de agosto, o ex-presidente publicou em seu perfil no Facebook: "Se a pr�pria presidente n�o for capaz do gesto de grandeza - ren�ncia ou a voz franca de que errou, e sabe apontar os caminhos da recupera��o nacional -, assistiremos � desarticula��o crescente do governo e do Congresso, a golpes de Lava Jato. At� que algum l�der com for�a moral diga, como o fez Ulysses Guimar�es, com a Constitui��o na m�o, ao Collor: voc� pensa que � presidente, mas j� n�o � mais".

Na entrevista desta sexta-feira, motivada pelo lan�amento do primeiro de quatro volumes da s�rie de livros Di�rios da Presid�ncia, em que relata o dia a dia no Pal�cio do Planalto, FHC se mostrou c�tico em rela��o � situa��o de Dilma. "Do jeito que est�, ela pode at� ficar (at� o fim do mandato), mas vai empurrar o tempo com o barriga sem conseguir resultados satisfat�rios", avaliou. Por isso, segundo o tucano, a ren�ncia seria o "menos custoso" ao Pa�s.

"Impeachment � um processo longo. � um debate que paralisa o Pa�s. Uma decis�o do Tribunal (Superior) Eleitoral que anule a elei��o provoca tamb�m uma grande confus�o, elei��o de novo", afirmou FHC, seguindo caminho diferente do defendido pela maioria do PSDB, que encampa um pedido de afastamento da presidente e contesta a campanha � reelei��o de Dilma no TSE. "Tudo isso � muito f�cil de falar, mas quem conhece o processo hist�rico sabe que tem um custo para o pa�s muito elevado." Ao comparar, na semana passada, as dificuldades de seu governo com o PT na oposi��o �s enfrentadas por Dilma, FHC disse ao jornal O Estado de S.Paulo que os tucanos n�o deveriam agir como os petistas fizeram no passado.


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