Servidores da C�mara dos Deputados enfrentaram fila para trabalhar nesta sexta-feira primeiro dia em que passou a vigorar a nova determina��o para que todos os frequentadores da Casa sejam obrigados a passar por detectores de metal. Irritados com o procedimento, os funcion�rios culpavam o presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pela medida e pediam sua sa�da do comando da C�mara.
At� a quinta-feira, 5, al�m de parlamentares, servidores e jornalistas credenciados n�o eram submetidos ao detector de metal. A regra mudou ap�s Cunha ser alvo de protesto no Sal�o Verde da C�mara, quando foi surpreendido durante uma entrevista coletiva com uma chuva de d�lares falsos lan�ados por um manifestante.
"A Diretoria-Geral informa que, a partir desta sexta-feira (6), por raz�es de seguran�a, todas as pessoas, inclusive servidores, que ingressarem na C�mara dos Deputados dever�o passar pelos p�rticos de seguran�a instalados nas portarias. Apenas parlamentares - deputados e senadores - est�o dispensados desse procedimento", dizia o comunicado distribu�do na quinta na rede interna da C�mara.
O Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e do Tribunal de Contas da Uni�o (Sindilegis) divulgou uma nota repudiando a medida. "O servidor p�blico, assim como o parlamentar, presta servi�o p�blico. O Sindicato n�o acredita que tal medida desastrosa v� produzir maior seguran�a, mas apenas humilha��o e desconforto di�rio para mais de 15 mil servidores", diz a mensagem.
Os representantes dos servidores discutem medidas judiciais para derrubar a nova determina��o. "Mais uma vez a dire��o da C�mara surpreende negativamente ao tomar nova decis�o sem nenhum di�logo com a categoria e sem racionalidade administrativa, o que, para o Sindilegis, � incab�vel, pois o tratamento discriminat�rio entre servidores e parlamentares fere diretamente os princ�pios da moralidade e da impessoalidade preconizados na Constitui��o Federal", acrescenta o texto. Colaborou Daniel Carvalho