Ap�s ter reclamado de press�o para liberar documentos contra o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) para embasar a representa��o do Solidariedade, o diretor do Centro de Documenta��o e Informa��o (Cedi) da C�mara dos Deputados, Adolfo Furtado, foi exonerado do cargo. A informa��o oficial da Diretoria Geral � que a mudan�a ocorreu para "renova��o de quadro", mas servidores afirmam que a destitui��o se deu a pedido do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O deputado do PSOL (partido que, junto com a Rede Sustentabilidade, ingressou com processo contra Cunha no Conselho de �tica) foi informado da demanda no Cedi e protestou no plen�rio contra a a��o de Paulinho, aliado pr�ximo do peemedebista. Os documentos entregues a Paulinho serviram de base para a representa��o contra Alencar por quebra de decoro parlamentar. O processo de Alencar chegou hoje ao Conselho de �tica.
"Tenho certeza que ele (Furtado) foi punido. � uma maldade, uma tremenda injusti�a", disse Chico Alencar. "O ambiente na C�mara � de persegui��o. Cunha usa o cargo de forma nada crist�", emendou.
Furtado integrar� agora a equipe de consultores da Casa, mesmo destino do ex-diretor da �rea de Inform�tica, Luiz Antonio Souza da Eira. O funcion�rio foi destitu�do da �rea de Inform�tica ap�s a revela��o de que o hoje presidente da C�mara foi autor de requerimentos que, segundo o Minist�rio P�blico Federal (MPF), teriam servido de instrumento de press�o para pagamento de propina.
Insatisfa��o
Al�m das mudan�as na dire��o da C�mara, os servidores se irritaram hoje com a nova determina��o para que todos os frequentadores da Casa, com exce��o dos parlamentares, sejam obrigados a passar por detectores de metal. O Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e do Tribunal de Contas da Uni�o (Sindilegis) anunciou que est� preparando um questionamento a ser encaminhado � Justi�a Federal do Distrito Federal contra o que chama de "constrangimento" e a��o "maquiav�lica" da presid�ncia da C�mara.
"Todas as mazelas acometidas � estrutura material e de recursos humanos da C�mara dos Deputados t�m realmente sido produto de um processo decis�rio arbitr�rio e unilateral do Presidente Eduardo Cunha", diz a nota do Sindilegis divulgada na tarde desta sexta-feira, 6. "A C�mara n�o precisa de detector de metais, a C�mara precisa de detector de mentiras!", finaliza a mensagem.