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Estado de Minas

Partidos aliados em munic�pios s�o rivais no �mbito estadual ou federal

A liberdade � tanta, que h� integrantes dos partidos que ficam at� confusos na hora de responder de quem a legenda � aliada em determinado local. Neste cen�rio, legendas devem liberar coliga��es


postado em 08/11/2015 09:00 / atualizado em 08/11/2015 14:40

Se na vida conjugal a bigamia � condenada no Brasil, na seara dos partidos pol�ticos o namoro coletivo, at� mesmo com lados opostos, est� liberado e, em Minas Gerais, n�o faltam exemplos. O mesmo aliado do PT nacionalmente � inimigo do partido no estado e pode fazer acordo com ele no �mbito municipal. Assim tamb�m ocorre com quem se alinhou com o PSDB na capital mas se abrigou em campo oposto na esfera estadual. A liberdade � tanta, que h� integrantes dos partidos que ficam at� confusos na hora de responder de quem a legenda � aliada em determinado local. Com tantas diferen�as, a estrat�gia dos partidos � liberar as alian�as nas elei��es de 2016, como vem ocorrendo em outros pleitos, para que cada munic�pio possa atender sua particularidade.

� o que ser� feito no PV, do vice-prefeito de Belo Horizonte, D�lio Malheiros, eleito na chapa do prefeito Marcio Lacerda (PSB), quando este rompeu com o PT. Na Assembleia, o partido optou por liderar o bloco dos “independentes” que, apesar do apelido, � contabilizado e tratado como base do governador Fernando Pimentel (PT), a quem deu vit�rias em vota��es importantes. Tamb�m em Bras�lia, o PV caminha sozinho. O presidente do PV mineiro, e tamb�m l�der do bloco no Legislativo, Agostinho Patrus Filho, lembra que em 1982 o voto era vinculado – o eleitor s� podia escolher candidatos de uma mesma legenda para todos os cargos –, mas o sistema acabou. “Infelizmente, os partidos acabam ficando menores do que os candidatos. Tenho prefeitos que me apoiam do PSDB do mesmo jeito que tenho do PT. � a l�gica local”, afirmou.

Segundo Agostinho Patrus, em Belo Horizonte, o PV pretende lan�ar o vice D�lio para concorrer � sucess�o de Lacerda. “Aguardamos apoio, seja do lado do Pimentel ou do senador A�cio Neves (PSDB), queremos � agregar. Em Pouso Alegre, por exemplo, somos ligados � atual administra��o e nosso candidato deve concorrer com o apoio do PT. J� em Uberaba vamos enfrentar o atual prefeito, que � do PMDB, apoiado pelo PT”, afirmou.
J� o PR, pode-se dizer, est� bem com todo mundo: � aliado da presidente Dilma Rousseff (PT), de Pimentel e de Lacerda. Mesmo com o fato de Lacerda ser rompido com o PT, o presidente do PR em Belo Horizonte, deputado L�o Portela, que � vice-l�der do petista na Assembleia, n�o v� constrangimentos. “Lacerda n�o � governador. Apoiamos o Marcio em BH e temos apoiado o Pimentel no governo, as coisas n�o se misturam”, afirmou. Segundo L�o Portela, o partido � independente para escolher suas alian�as no pleito municipal e tem o deputado federal Lincoln Portela como pr�-candidato em Belo Horizonte. “N�o � porque o partido apoia Dilma no �mbito federal ou Pimentel no estadual que tem necessariamente que acatar pedidos desses grupos.”

Oposi��o a Pimentel, o PDT n�o tem nenhum constrangimento em apoiar Dilma. E, mesmo fazendo parte do arco de alian�as de Lacerda, tamb�m n�o v� problemas em lan�ar o deputado estadual Sargento Rodrigues para concorrer � sua sucess�o. “N�o trabalhamos com verticaliza��o adesiva. O que politicamente alguns chamam de pragmatismo ou conflitos, eu chamo de independ�ncia regional. At� porque, tirando raras exce��es, como o PDT, a maioria dos partidos n�o � montada com bases ideol�gicas”, disse o presidente do PDT de Minas Gerais, deputado federal M�rio Heringer.

Segundo o dirigente, o PDT � oposi��o a Pimentel porque j� era na campanha e, depois da elei��o, n�o houve qualquer tentativa de conversa. Heringer acrescenta que h� dissid�ncias tanto em rela��o a Dilma como em rela��o a Pimentel. Sobre as elei��es municipais, o parlamentar afirmou que o PDT pretende ter candidatos pr�prios no maior n�mero de munic�pios que puder em Minas e no Brasil. “At� porque o PDT come�ou a se colocar nacionalmente em uma posi��o de disputar (a Presid�ncia) com a vinda do Ciro Gomes, e vamos trabalhar j� com esse objetivo”, afirmou.

Realidade
O PP, que tamb�m ter� candidato pr�prio em BH – o ex-governador Alberto Pinto Coelho –, faz parte da base de apoio ao prefeito Marcio Lacerda, � oposi��o a Pimentel e aliado de Dilma. A parte de Minas Gerais, por�m, foi contr�ria ao apoio nacional � petista e segue alinhada com o senador A�cio Neves (PSDB). Segundo Pinto Coelho, as alian�as diversas s�o uma realidade nacional. “Em rela��o ao PP, n�o h� conflito. O PP exerce a democracia e o respeito �s realidades regionais. Em Minas, a legenda sempre fez parte do arco de alian�as de apoio ao PSDB”, disse. Segundo o dirigente, a orienta��o para a elei��o municipal � de fazer coliga��o com os partidos aliados no estado.

 


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