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Estado de Minas

Dono da UTC diz que doa��es de campanha n�o vinham de propina da Petrobras


postado em 10/11/2015 15:37 / atualizado em 10/11/2015 16:19

Em depoimento ao juiz S�rgio Moro nesta segunda-feira o dono da UTC e delator da Lava-Jato, Ricardo Pessoa afirmou que as doa��es da empresa durante as campanhas eleitorais n�o tinham rela��o com a propina paga no esquema de corrup��o na Petrobras. O empreiteiro j� havia dito em sua dela��o premiada na Procuradoria-Geral da Rep�blica que a empresa fazia doa��es a pol�ticos para "abrir portas". Agora ele revela uma distin��o entre os repasses ligados ao esquema na estatal e as doa��es em busca do apoio de pol�ticos.

"Na �poca de campanha, as contribui��es de campanha n�o tinham nada a ver com propina. Eram contribui��es de campanha mesmo, e o restante n�o, era como se pagava a comiss�o da propina da Petrobras", afirmou o empreiteiro ao ser questionado pelo magistrado se todas as doa��es da UTC tinham rela��o com os acertos na estatal petrol�fera.

A declara��o do delator indica a distin��o feita pelo empreiteiro entre a forma como a empresa lidava com as doa��es e como ela tratava as propinas aos partidos. Na sua dela��o � Procuradoria-geral da Rep�blica, mantida sob sigilo, Pessoa admitiu que as doa��es para pol�ticos s�o "feitas para que se obtenha uma vantagem, seja ele devida ou indevida, seja para que partido for".

Al�m disso, a afirma��o desta segunda vai contra uma das linhas de acusa��o da for�a-tarefa da Lava Jato, de que as doa��es para campanhas eleitorais seriam uma etapa final da lavagem do dinheiro movimentado no esquema.

O empreiteiro ainda detalhou ao juiz S�rgio Moro que o pr�prio Jo�o Vaccari Neto, que seria o respons�vel por acertar as propinas ao PT no �mbito dos contratos da Petrobras, fazia essa diferencia��o. "As doa��es de campanha geralmente vinham com pedidos espec�ficos para candidatos. O Vaccari tamb�m, �s vezes, pedia doa��es de campanha e n�o vinculava isso (�s propinas na Petrobras)", disse Pessoa.

Caixa dois

Mesmo separando as doa��es de campanha das propinas negociadas no esquema de corrup��o na Petrobras que ia para os partidos, Ricardo Pessoa j� admitiu em outros depoimentos de sua dela��o ter feito repasses de caixa dois para pol�ticos. Ele citou especificamente o atual ministro da Educa��o Aloizio Mercadante e o senador tucano Aloysio Nunes como destinat�rios de dinheiro de caixa dois fora do esquema na Petrobras.

Os dois pol�ticos s�o alvos de inqu�ritos no Supremo devido � dela��o de Pessoa, sob relatoria do ministro Luis Roberto Barroso. Outro pol�tico que tamb�m foi citado na dela��o do empreiteiro e virou alvo de inqu�rito � o atual ministro da Secom e tesoureiro da campanha de Dilma no ano passado, Edinho Silva.

Segundo o delator, o ent�o tesoureiro petista o teria "persuadido" a contribuir mais para o PT nas elei��es. "O Edinho me disse: 'Voc� tem obras na Petrobras e tem aditivos. N�o pode s� contribuir com isso. Tem que contribuir com mais. Estou precisando", disse Pessoa � Procuradoria-Geral da Rep�blica.

Neste caso, Pessoa ligou as doa��es de campanha � Petrobras, e a Procuradoria-Geral da Rep�blica abriu um inqu�rito contra Edinho Silva no Supremo para apurar se existe alguma rela��o entre o esquema na estatal e a campanha petista.

A reportagem tentou contato com a defesa de Pessoa, mas a advogada n�o atendeu o telefone. Os tr�s pol�ticos negam irregularidades em suas campanhas e recha�am as acusa��es de Pessoa.


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