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Estado de Minas

Filho de ex-deputado Fernando Diniz nega dep�sito em conta de Cunha na Su��a

� PGR, o filho de Diniz confirmou, em depoimento prestado no dia 20 de outubro, que seu pai mantinha uma rela��o pr�xima a Cunha, mas disse desconhecer a exist�ncia de qualquer empr�stimo


postado em 10/11/2015 17:19 / atualizado em 10/11/2015 18:51

O filho do ex-deputado Fernando Diniz, o economista Felipe Diniz, contrariou a vers�o levantada pelo presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e, em depoimento para a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR), negou que tenha ordenado dep�sito de 1,3 milh�o de francos su��os, em 2011, em um fundo na Su��a que tem Cunha como "usufrutu�rio", na defini��o do pr�prio deputado.

Cunha alegou que o montante foi depositado "� sua revelia" em 2011 pelo lobista Jo�o Henriques, que era ligado ao PMDB e foi preso na Opera��o Lava Jato. O presidente da C�mara disse suspeitar que o dep�sito referia-se ao pagamento de um empr�stimo feito por ele ao ex-deputado Fernando Diniz, do PMDB, morto em 2009.

� PGR, o filho de Diniz confirmou, em depoimento prestado no dia 20 de outubro, que seu pai mantinha uma rela��o pr�xima a Cunha, mas disse desconhecer a exist�ncia de qualquer empr�stimo. O advogado do economista, Cleber Lopes, confirmou � reportagem o teor do depoimento de seu cliente e afirmou que a vers�o apresentada por Cunha "n�o convence ningu�m".

"Felipe nunca teve atividade pol�tico-partid�ria. Ele n�o tinha inger�ncia nas atividades do pai, mas essa vers�o n�o convence ningu�m", afirmou o advogado, ressaltando que n�o quer "julgar a estrat�gia de defesa de ningu�m".

Em depoimento � Pol�cia Federal, Henriques havia informado que enviou o dinheiro a pedido do Felipe Diniz e que n�o sabia quem era o benefici�rio. Em 2007, primeiro ano do segundo mandato de Luiz In�cio Lula da Silva, Cunha e Fernando Diniz eram muito amigos e integravam o "n�cleo duro" do PMDB na C�mara.

Nesse per�odo, Diniz teria perdido muito dinheiro em neg�cios fora do Pa�s e por isso, na vers�o do lobista Jo�o Henriques, pediu ajuda. Cunha disse ter feito ent�o um empr�stimo de US$ 1,5 milh�o para o colega. A d�vida teria, segundo relatos, "morrido junto com Diniz".

Henriques afirmou � Pol�cia Federal que abriu uma conta na Su��a para pagar propina ao presidente da C�mara, mas n�o especificou valores nem datas. Segundo ele, a suposta transfer�ncia para Cunha est� ligada a um contrato da Petrobras relativo � compra de um campo de explora��o de petr�leo em Benin, na �frica. As declara��es ampliam as suspeitas sobre o presidente da C�mara, que j� foi denunciado pela Procuradoria-Geral da Rep�blica por corrup��o e lavagem de dinheiro.

Lopes disse ainda que Felipe Diniz confirmou ter mantido contato com Cunha e teve alguns encontros com o deputado, mas refor�ou que seu cliente n�o tinha conhecimento dos neg�cios do pai.

O advogado de Diniz confirmou que Henriques e seu cliente tiveram uma rela��o pr�xima na �poca em que o lobista trabalhava na BR Distribuidora, mas que desde 2013 eles n�o mant�m mais contato. "Viajaram juntos para a Argentina, porque ele queria ter experi�ncia em neg�cios internacionais, fazer consultoria, mas da� a ter rela��es com neg�cios de Cunha na Su��a tem uma dist�ncia oce�nica", afirmou.

Segundo o advogado, Diniz tamb�m disse n�o ter conhecimento, no depoimento prestado dia 20 de outubro � PGR, se o ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada foi uma indica��o de seu pai � estatal.

Henriques afirmou em depoimento que o ex-deputado Fernando Diniz - que presidiu o PMDB mineiro - o convidou para ser o diretor da �rea Internacional da Petrobras, mas o PT n�o aceitou a indica��o. Quem assumiu o cargo foi engenheiro Jorge Luiz Zelada, que ocupou a cadeira de diretor de Internacional da estatal de 2008 a 2012. Zelada sucedeu Nestor Cerver� - ambos, Cerver� e Zelada, est�o presos em Curitiba, base da Lava Jato.

Procurado, Cunha, por meio de sua assessoria, disse que n�o tem uma nova posi��o sobre o assunto e que j� havia comentado esse epis�dio na entrevista que concedeu ao jornal O Estado de S.Paulo.

Sobre a den�ncia de ter recebido 1,3 milh�o de francos su��os do lobista Jo�o Henriques, Cunha apresentou para a reportagem documentos que, segundo ele, demonstram que foram feitos cinco dep�sitos em 2011 no truste Orion, mas que n�o houve movimenta��o financeira desde ent�o.


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