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Estado de Minas

Pasadena era 'ruivinha' que precisava 'de um banho de loja', diz delator


postado em 16/11/2015 17:01 / atualizado em 16/11/2015 18:05

As m�s condi��es estruturais da Refinaria de Pasadena, comprada pela Petrobras nos Estados Unidos, renderam chacotas dentro da pr�pria estatal. O novo delator da Opera��o Lava-Jato, o engenheiro Agosthilde M�naco de Carvalho, afirmou que internamente Pasadena era conhecida como 'ruivinha'. A compra da refinaria � um dos alvos da Opera��o Corros�o, 20ª fase da Lava-Jato, deflagrada nesta segunda-feira.

"A refinaria de Pasadena passou a ter internamente o apelido de "ruivinha" por causa dos in�meros equipamentos e estruturas que se encontravam enferrujadas", declarou o executivo � for�a-tarefa da Lava-Jato.

A compra da refinaria de Pasadena � um caso emblem�tico da corrup��o instalada na Petrobras. Segundo o Tribunal de Contas da Uni�o, a compra da refinaria causou um preju�zo de US$ 792 milh�es.

Entre fevereiro de 2003 e fevereiro de 2008, M�naco foi assistente do Diretor da �rea Internacional da Petrobras. O executivo era homem de confian�a do ent�o diretor que comandava o setor, Nestor Cerver�.

Em seu termo de colabora��o n�mero 1, M�naco relatou que no fim de 2004 recebeu determina��o de Nestor Cerver� para localizar refinarias de petr�leo que estivessem � venda nos Estados Unidos para compra pela Petrobras. Segundo ele, na �poca era parte do plano estrat�gico da companhia o escoamento da produ��o excedente de petr�leo para o exterior.

Agosthilde M�naco de Carvalho afirmou que em janeiro de 2005, durante um telefonema com o presidente da Astra Oil Alberto Failhaber, ent�o propriet�ria de Pasadena, soube que a empresa tinha acabado de adquirir a refinaria e teria interesse em revend�-la.

"Nesta liga��o o Sr. Alberto Failhaber, perguntado sobre as condi��es da refinaria, disse que a mesma precisava "tomar um banho de loja" para ficar nos padr�es de qualidade t�cnica da Petrobras, uma vez que ela foi comprada na "bacia da almas", posto que o antigo propriet�rio (CROWN), por problemas financeiros, quase n�o mais investia em manuten��o preventiva, os equipamentos estavam desgastados e mal conservados, tinham problemas de seguran�a operacional, a m�o de obra desmotivada e, principalmente, sem cr�dito para aquisi��o de �leo, mat�ria-prima operacional", declarou.

O bra�o-direito de Cerver� afirmou � for�a-tarefa da Lava Jato que uma comiss�o visitou a refinaria de Pasadena para avalia��o. "Nesta visita, ocorrida entre os dias 29 a 31 de mar�o de 2005, verificou que a mesma realmente encontrava-se em p�ssimas condi��es de conserva��o, se comparada �s refinarias brasileiras e que seriam necess�rias v�rias reformas na Refinaria para que ficasse em boas condi��es; que todos os membros da comiss�o observaram que a Refinaria n�o estava em boas condi��es; que foi elogiada a localiza��o f�sica, mas n�o a condi��o operacional da Refinaria; que ao retornar ao Brasil comunicou esses fatos ao Diretor Nestor e recebeu a mesma informa��o, "n�o se meta, M�naco, isso � coisa da Presid�ncia".


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