
S�o Paulo - A poucos dias do in�cio da 21ª Confer�ncia do Clima, em Paris, o Instituto Teot�nio Vilela (ITV), bra�o de formula��o pol�tica do PSDB, realizou, na manh� desta segunda-feira o semin�rio "Caminhos para o Brasil - Meio Ambiente e Sustentabilidade". No discurso de abertura, o presidente nacional do PSDB, senador A�cio Neves (MG), virtual candidato � sucess�o de Dilma Rousseff, disse que, mesmo sendo de oposi��o, seu partido n�o vai deixar de contribuir "de forma vigorosa" para o avan�o da legisla��o que afeta a vida das pessoas, em discuss�es no Congresso Nacional. E utilizando a mesma express�o que Dilma usou h� algum tempo, disse que s� dessa maneira ser� poss�vel enxergar a luz no fim do t�nel da grave crise que afeta v�rias �reas do Pa�s. "Podem ter certeza que o maior partido de oposi��o, o PSDB, vai contribuir de forma vigorosa para que, pelo menos, possamos enxergar a luz no fim do t�nel".
A declara��o de A�cio vai na mesma linha do 'pux�o de orelhas' que o governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin, tamb�m virtual candidato do PSDB � sucess�o de Dilma, deu, na semana passada, na bancada tucana na C�mara dos Deputados. Alckmin criticou a forma como seu partido votou no Congresso Nacional, pela derrubada do veto presidencial ao reajuste do Judici�rio, que criaria despesas adicionais aos cofres p�blicos de cerca de R$ 36 bilh�es. O veto acabou mantido, mas 47 deputados dos 51 tucanos presentes � sess�o votaram a favor da derrubada. Na avalia��o do governador tucano, seu partido votou errado nessa quest�o. A bancada j� havia sido criticada por lideran�as da sigla como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em outras ocasi�es, como no caso do voto pelo fim do fator previdenci�rio, criado durante o governo tucano.
O mineiro A�cio Neves falou ainda da trag�dia que atingiu a cidade de Mariana, dizendo que causa indigna��o essa trag�dia "sem precedentes". O senador avaliou que, se o governo tivesse se empenhado na aprova��o do Novo C�digo de Minera��o, desastres como este poderiam ser evitados. "(O c�digo) N�o avan�ou por culpa do (atual) governo. Vivemos um presidencialismo mon�rquico, n�o se avan�a nas reformas priorit�rias ao Pa�s."
Al�m de A�cio, o evento conta com a participa��o de FHC, Alckmin, do senador Aloysio Nunes Ferreira, do presidente do ITV, Jos� An�bal, de especialistas no setor, como Jos� Goldemberg e Luiz Gylvan Meira Filho, do secret�rio de Mudan�as Clim�ticas e Qualidade Ambiental do Minist�rio do Meio Ambiente, Carlos Klink, dentre outros. Em sua fala, o senador aproveitou ainda para criticar a pol�tica energ�tica do governo Dilma, classificando de "crime" o desest�mulo � produ��o de etanol pelo que chamou de "populismo tarif�rio do governo petista".
Para A�cio, candidato derrotado nas elei��es presidenciais de outubro do ano passado, al�m da trag�dia ocorrida em Mariana, h� uma preocupa��o em curso por causa da trag�dia cotidiana que ocorre nas �reas mineradoras do Pa�s, "com problemas sociais de enorme dimens�o". Para A�cio, � preciso que as empresas assumam sua responsabilidade e informou que o PSDB est� se empenhando no Congresso para que a multas do Ibama sejam encaminhadas diretamente para as fam�lias atingidas pela trag�dia e para a recomposi��o da economia local. O senador fez quest�o de dizer que visitou o local imediatamente, num contraponto � presidente Dilma, que s� � regi�o da trag�dia uma semana depois.
No final de sua explana��o, o senador mineiro disse ainda n�o saber se � poss�vel falar de grandeza pol�tica no Brasil de hoje. E destacou que � preciso que as a��es em prol do Pa�s estejam acima das disputas pol�ticas cotidianas.