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Estado de Minas

H� vincula��o pol�tica em empr�stimo obtido por Bumlai, afirma procurador


postado em 24/11/2015 12:07 / atualizado em 24/11/2015 12:24

Ver galeria . 6 Fotos A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira mais uma fase da Operação Lava-Jato, denominada de Passe Livre. As investigações desta etapa, segundo a PF, partem de apuração das circunstâncias de contratação de navio sonda pela PetrobrasEVARISTO SA / AFP
A Pol�cia Federal deflagrou na manh� desta ter�a-feira mais uma fase da Opera��o Lava-Jato, denominada de Passe Livre. As investiga��es desta etapa, segundo a PF, partem de apura��o das circunst�ncias de contrata��o de navio sonda pela Petrobras (foto: EVARISTO SA / AFP )

O procurador Carlos Fernando de Souza Lima, da for�a-tarefa da Opera��o Lava-Jato, disse que existe claramente uma vincula��o pol�tica no primeiro empr�stimo, de R$ 12 milh�es, obtido pelo pecuarista Jos� Carlos Bumlai junto ao banco Schahin, inclusive com telefonemas da Casa Civil da �poca, comandada por Jos� Dirceu -, tamb�m preso no �mbito da Lava-Jato.

"Estamos investigando a origem desses empr�stimos e se todos tiveram motiva��o pol�tica e n�o t�cnica", disse Souza Lima, na entrevista concedida nesta ter�a-feira, em Curitiba, onde for�a-tarefa da Lava-Jato concedeu coletiva para explicar a 21ª fase desta opera��o, denominada Passe Livre.

A a��o culminou com a pris�o de Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva que tinha amplo acesso ao Pal�cio do Planalto.

Apesar da proximidade de Bumlai com Lula, o procurador Souza Lima disse que n�o h� ainda comprova��o da participa��o do ex-presidente petista nessas opera��es. "Temos aparentemente o nome do ex-presidente usado (nesse imbr�glio), sendo citado por Bumlai, existem not�cias de que a ordem tenha vindo de cima, mas n�o h� comprova��o neste momento de intercess�o (de Lula)", emendou o procurador.

O BNDES, cuja sede no Rio de Janeiro esteve entre os alvos da opera��o deflagrada nesta ter�a-feira, entrou na investiga��o no contexto dos empr�stimos a empresas de Jos� Carlos Bumlai. O procurador Diogo Castor de Mattos disse que, em troca do dinheiro destinado ao PT, proveniente dos empr�stimos contra�dos pelo pecuarista, as empresas do grupo Schahin conquistaram contratos de navio-sonda na Petrobras. O procurador afirmou ainda que foi coincid�ncia a pris�o do pecuarista ter ocorrido no mesmo dia em que ele iria depor � CPI do BNDES, em Bras�lia.

Na entrevista, foi citado que os cr�ditos do BNDES a empresas de Bumlai somam hoje R$ 400 milh�es n�o pagos e que os empr�stimos ser�o investigados, para verificar se seguiram a pol�tica do banco de fomento.

Natalino Bertin e Silmar Roberto Bertin, ligados ao frigor�fico da fam�lia, que foi comprado em 2009 pela JBS, foram conduzidos � Pol�cia Federal na opera��o deflagrada nesta ter�a-feira. Segundo os investigadores, o caminho do dinheiro dos empr�stimos a Bumlai vai at� o frigor�fico Bertin.

Os procuradores destacaram que um dos esfor�os da Opera��o Lava Jato � verificar o uso de �rg�os p�blicos para financiar agentes pol�ticos da base do governo. ()

CPI do BNDES

O juiz federal S�rgio Moro enviou of�cio ao presidente da CPI do BNDES, deputado Marcos Rotta (PMDB-AM), colocando Bumlai � disposi��o do colegiado para ser ouvido em outra data. Bulmai foi preso na manh� desta ter�a, mesmo dia em que estava previsto seu depoimento � Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito.

No of�cio, o juiz pede desculpas pela pris�o cautelar do empres�rio ter acontecido no dia em que estava marcado o depoimento. "Por quest�es operacionais, que fogem ao controle do Ju�zo, a medida foi implementada na presente data pela Pol�cia Federal. A efetiva��o da medida inviabiliza, infelizmente, a oitiva dele (Bumlai) prevista para esta data. (...) Pe�o escusas pelo ocorrido", escreveu Moro.

O presidente da CPI contou ao Broadcast Pol�tico que o juiz mandou mensagem de texto e ligou para seu celular logo pela manh� para falar sobre a pris�o e pedir desculpas. "Ele disse ainda que lamentava ter atrapalhado os trabalhos da CPI e pediu a gentileza de n�o marcar novo depoimento para esta semana", afirmou o deputado. "Foi muito elegante a posi��o dele", acrescentou.

Marcos Rotta afirmou que a CPI pretende ouvir Bumlai j� na pr�xima semana. O parlamentar defendeu que a oitiva aconte�a na pr�pria C�mara dos Deputados, em Bras�lia, e n�o em Curitiba, para onde o empres�rio foi levado ap�s ser preso hoje. "Tem que ouvir aqui, onde a CPI funciona. N�o vamos ouvir preso em delegacia", justificou.

O deputado informou que a reuni�o de hoje da CPI, marcada para 14h30, est� mantida. Segundo Rotta, antes do encontro, ele dever� fazer uma reuni�o com os membros do colegiado para decidir principalmente sobre a quest�o da prorroga��o dos trabalhos da CPI, previstos para acabar em 4 de dezembro. "Vamos discutir a forma��o de uma comiss�o para falar com o presidente da Casa (deputado Eduardo Cunha) sobre isso", disse.

Requerimento

Integrante da CPI, o deputado Betinho Gomes (PSDB-PE) afirmou que a bancada do PSDB est� articulando a apresenta��o de um requerimento para ir a Curitiba escutar Bumlai. "Traz�-lo para c� vai levar mais tempo", justificou. Conforme o parlamentar, o pedido deve ser apresentado hoje � CPI, para que seja votado na pr�xima sess�o deliberativa.


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