Bras�lia - O presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta ter�a-feira que sua defesa dever� recorrer � Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) da Casa e ao Supremo Tribunal Federal (STF), questionando o processo contra ele no Conselho de �tica por quebra de decoro parlamentar. O peemedebista classificou a representa��o protocolada pelo Psol e Rede como "absolutamente p�fia" e fruto de um processo "pol�tico".
Na avalia��o de Cunha, a representa��o � p�fia pois apenas repete trechos da acusa��o feita contra ele pelo Minist�rio P�blico. A Procuradoria-Geral da Rep�blica denunciou Cunha pelos crimes de corrup��o passiva e lavagem de dinheiro acusado de ter recebido propina de ao menos US$ 5 milh�es em contratos de navios-sondas da Petrobras. "Para voc� considerar que trecho de acusa��o feito pelo MP gere processo por quebra de decoro, tem 160 parlamentares que respondem a inqu�rito no STF, voc� teria que ter 160 representa��es", disse.
O presidente da C�mara afirmou ainda que n�o assistiu � reuni�o do Conselho de �tica da tarde desta ter�a e que delegou a seu advogado comandar toda sua defesa na sess�o. O peemedebista disse n�o ter d�vida nenhuma de que o relator do processo contra ele, Fausto Pinato (PRB-SP), est� sob suspei��o e afirmou que sua defesa entrar� com recurso para questionar a manuten��o do deputado no posto, estabelecida pelo presidente do Conselho, Jos� Carlos Ara�jo (PSD-BA).
Cunha voltou a dizer tamb�m que n�o h� "qualquer hip�tese" de renunciar ou se afastar do cargo, mesmo que temporariamente.
"Estou absolutamente tranquilo", afirmou Cunha ao ser questionado se teme ter o mandato cassado. "Estou tranquilo em rela��o a tudo", frisou, diante da insist�ncia dos jornalistas.
O presidente da C�mara voltou a negar que tenha feito acordo com o governo ou com o PT para obter apoio � sua perman�ncia no cargo em troca da n�o deflagra��o do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Casa. "N�o participo de nenhum acordo. (...) Propagaram uma mentira", disse.