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Estado de Minas

Fraude envolvendo pecuarista envolvia financiamento do PT

Investiga��o e pris�o de Jos� Carlos Bumlai est�o vinculadas a um esquema de corrup��o envolvendo pagamento de d�vidas de campanha do PT. Pal�cio do Planalto avalia desgaste


postado em 25/11/2015 06:00 / atualizado em 25/11/2015 07:16

"Bumlai se insere totalmente neste quadro (corrup��o, fraude e lavagem sist�mica), pois as provas indicam que disponibilizou seu nome e suas empresas para viabilizar, de maneira fraudulenta, um partido pol�tico" - S�rgio Moro, juiz federal (foto: Fernando Nascimento /Sigmapress/Estad�o Conte�do - 14/5/15)

S�o Paulo - A pris�o do pecuarista Jos� Carlos Bumlai envolve um esquema de corrup��o e fraude para pagar d�vidas da campanha da reelei��o do ent�o presidente Luiz In�cio Lula da Silva, conforme os depoimentos de delatores e provas que embasaram a decreta��o da pris�o do pecuarista pelo juiz Sergio Moro. “Jos� Carlos Bumlai se insere totalmente neste quadro [corrup��o, fraude e lavagem sist�mica], pois as provas indicam que disponibilizou seu nome e suas empresas para viabilizar, de maneira fraudulenta, a partido pol�tico, com todos os danos decorrentes � democracia”, escreveu Moro no decreto de pris�o. Num dos depoimentos de sua dela��o premiada, citados por Moro para justificar a pris�o, o ex-gerente da �rea Internacional da Petrobras Eduardo Musa afirmou que havia uma d�vida de R$ 60 milh�es da campanha presidencial de 2006, na qual Lula foi reeleito, com o banco Schahin. Para quit�-la, o governo utilizaria o contrato de operacionaliza��o da sonda Vit�ria 10.000. Musa afirmou, em dela��o, que recebeu US$ 720 mil no exterior a t�tulo de propina. Tamb�m delator, o acionista do grupo Salim Schahin afirmou que o neg�cio foi avalizado por Lula. “Bumlai chegou a dizer a Fernando [Schahin, diretor do grupo] que o neg�cio estava ‘aben�oado’ pelo presidente Lula”, disse o delator, em depoimento.

Para os investigadores, est� claro que o dinheiro de pelo menos uma opera��o conduzida por Bumlai, o empr�stimo de R$ 12 milh�es com o banco Schahin, era destinado ao PT. Neste caso, segundo a investiga��o, houve interfer�ncia direta de Del�bio Soares, tesoureiro do PT � �poca, e do ex-ministro da Casa Civil Jos� Dirceu. Os procuradores, por�m, ainda investigam quem eram os destinat�rios finais e se outras opera��es, como as do BNDES, tamb�m foram destinadas ao partido -num esquema semelhante ao adotado no mensal�o. “A for�a-tarefa tem se esfor�ado para verificar o uso de qualquer empresa ou �rg�o p�blico para a forma��o de caixa para partidos pol�ticos ou para a base do governo”, disse o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, sobre a investiga��o no BNDES. Uma das hip�teses � que o dinheiro dos empr�stimos tenha sido direcionado para pagar d�vidas das campanhas presidenciais de 2002 e 2006, quando Lula foi eleito. � o que dizem alguns dos delatores da Lava Jato -os policiais, no entanto, ainda investigam essa possibilidade.

ALIADOS Embora o Planalto se esforce para blindar a presidente Dilma Rousseff e assegurar que a pris�o do pecuarista Jos� Carlos Bumlai n�o afeta os rumos do governo, aliados da petista reconhecem que o enfraquecimento do ex-presidente Lula com a deten��o do pecuarista torna arenoso o terreno em que o governo se apoia. “Se o Lula cair, o governo cai no dia seguinte. Dilma n�o se sustenta sem o seu mentor”, garantiu um petista com bom tr�nsito no governo. Em todos os momentos, ao longo do dia dessa ter�a-feira (24), a pris�o de Bumlai foi assunto principal nos corredores palaciano. At� a quest�o da cassa��o do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi colocada em segundo plano. “Essa confus�o j� causou desgaste demais. Digam que s�o independentes (no Conselho de �tica), mas aprovem as pautas econ�micas”, disse o secret�rio de governo, ministro Ricardo Berzoini, a deputados petistas. Fora do Planalto, a percep��o � diferente. A an�lise � que, se o governo conseguiu encontrar um rumo, deve isso �s recentes atua��es de Lula. Foi ele quem desenhou o atual formato do n�cleo governista, com o pr�prio Berzoini na Secretaria de Governo e Jaques Wagner na Casa Civil. Tamb�m teria conversado com Eduardo Cunha para que este ajudasse no destravamento das pautas econ�micas — justamente as que o governo quer ver votadas com rapidez.


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