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Estado de Minas

Empr�stimo a Bumlai foi 'aben�oado' por Lula, afirma delator

A opera��o de empr�stimo, um dos motivos que levaram Bumlai para a cadeia nessa ter�a-feira, 24, foi revelada pelo delator Eduardo Musa, ex-gerente da Petrobras


postado em 26/11/2015 08:07 / atualizado em 26/11/2015 08:25

O pecuarista José Carlos Bumlai foi preso nessa terça-feira pela Polícia Federal(foto: Arquivo OEMS )
O pecuarista Jos� Carlos Bumlai foi preso nessa ter�a-feira pela Pol�cia Federal (foto: Arquivo OEMS )

S�o Paulo - O empres�rio Salim Schahin, um dos donos do Grupo Schahin, afirmou em sua dela��o premiada que o pecuarista Jos� Carlos Bumlai levou o ex-tesoureiro do PT Del�bio Soares a reuni�o na sede da empresa durante as tratativas para empr�stimo de R$ 12 milh�es, concedido em 2004, que teria como destino final os cofres do PT. Todo neg�cio estaria "aben�oado" pelo ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.

A opera��o de empr�stimo, um dos motivos que levaram Bumlai para a cadeia nessa ter�a-feira, 24, foi revelada pelo delator Eduardo Musa, ex-gerente da Petrobras. Ele relatou em outubro aos procuradores da for�a-tarefa que Bumlai, juntamente com o operador de propinas do PMDB Fernando Baiano, teria dirigido um contrato da estatal de R$ 1,3 bilh�o - para opera��o do navio-sonda Vitoria 10.000 - como compensa��o a uma d�vida de "R$ 60 milh�es" do PT com a Schahin.

Telefonema

O empres�rio confirma a contrata��o como pagamento pelo empr�stimo nunca pago feito pelo pecuarista amigo de Lula.

Alvo da Lava Jato, Salim contou o que sabia no in�cio do m�s e relatou que o ent�o ministro Jos� Dirceu ligou pessoalmente para ele. "Em meados de 2004, Jos� Carlos Bumlai foi trazido ao Banco Schahin pelo ent�o executivo do banco Sandro Tordin, buscando tomar um financiamento de R$ 12 milh�es", disse Salim em depoimento.

"Na ocasi�o foi apresentado um pedido de empr�stimo, alegando-se, inclusive, que se tratava de um pedido do Partido dos Trabalhadores e ele, Jos� Carlos Bumlai, tomaria o empr�stimo em nome do partido, pois havia uma necessidade do PT que precisava ser resolvida de maneira urgente", registra a for�a-tarefa.

Em 2004, o PT participaria das primeiras disputas eleitorais nos munic�pios, ap�s a elei��o de Lula como presidente, em 2002. "O empr�stimo foi concedido porque abriria oportunidade de retorno em neg�cios para o grupo empresarial junto ao governo."

"Dias depois foi realizada uma nova reuni�o na sede do Banco Schahin", conta Salim. "Como novidade, Bumlai veio acompanhado de Del�bio Soares." A presen�a do ex-tesoureiro do PT - que foi condenado em 2012 no processo do mensal�o - "trouxe um pouco de mais de conforto", disse Schahin. "Tendo em conta que ele, diferentemente de Bumlai, tinha rela��o direta com o PT." No novo encontro, o empres�rio afirmou que Bumlai e Del�bio insistiram na necessidade de urg�ncia no empr�stimo.

Schahin conta que, nesse segundo encontro, Bumlai e Del�bio informaram que como "evid�ncia adicional", a Casa Civil procuraria um dos acionistas do Banco Schahin. "Dias depois o depoente (Salim Schahin) recebeu um telefonema de Jos� Dirceu. A conversa tratou de amenidades n�o abordando a opera��o de Bumlai, mas a mensagem estava entendida."


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