
Rio e Bras�lia - O s�cio do banco de investimentos BTG Pactual Andr� Esteves foi transferido na noite dessa quinta-feira, 26, da sede da Pol�cia Federal, no centro do Rio, para o pres�dio Ary Franco, em �gua Santa, na zona norte, e de l�, para Bangu 8, na zona oeste da capital. A transfer�ncia ocorreu depois que o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, negou pedido dos advogados do banqueiro para revogar sua pris�o tempor�ria e autorizou a transfer�ncia de Esteves.
O banqueiro saiu em um carro da PF e foi levado para o Instituto M�dico Legal, onde passou por exame de corpo de delito. De l�, seguiu para o Ary Franco, que � considerado um dos piores do sistema penal fluminense, onde passou por uma triagem. Em 2012, o Subcomit� de Preven��o � Tortura das Organiza��es das Na��es Unidas recomendou o fechamento da unidade. Por ali, j� passaram o ex-deputado federal Roberto Jefferson, condenado pelo mensal�o, e o ex-banqueiro Salvatore Cacciola, condenado por peculato e gest�o fraudulenta.
Pouco antes da meia-noite, o banqueiro saiu do Ary Franco e seguiu para a penitenci�ria Bangu 8, na zona oeste, onde deve permanecer.
Grava��o
Esteves foi preso na quarta-feira, 25, suspeito de obstruir as investiga��es da Opera��o Lava-Jato. O banqueiro o senador Delc�dio do Amaral (PT-MS) - tamb�m preso anteontem - tentaram comprar o sil�ncio do ex-diretor da Petrobr�s Nestor Cerver�, diz a Procuradoria-Geral da Rep�blica.
De acordo com o Minist�rio P�blico, com base em conversas gravadas pelo filho de Nestor Cerver�, Bernardo Cerver�, o senador petista ofereceu uma mesada de R$ 50 mil para evitar que o ex-diretor da Petrobras mencionasse o congressista e o BTG Pactual em eventual acordo de dela��o premiada.
A verba seria financiada por Andr� Esteves, segundo conversas entre o parlamentar, o ent�o advogado de Cerver�, Edson Ribeiro, o filho do ex-diretor e o chefe de gabinete de Delc�dio, Diogo Ferreira. O advogado e o chefe de gabinete tamb�m foram presos na quarta.
Defesa
O advogado de Esteves, Ant�nio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, alegou ao STF que a pris�o tempor�ria do banqueiro foi baseada "�nica e exclusivamente" na fala de Delc�dio. Ele nega que Esteves conhe�a Cerver�, Bernardo, o chefe de gabinete de Delc�dio e o advogado Edson Ribeiro.
Segundo o criminalista, o banqueiro conhece Delc�dio assim como tem contato com outros parlamentares. A pris�o tempor�ria do banqueiro expira no domingo, e pode ser prorrogada ou convertida em pris�o preventiva.