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Estado de Minas

Impeachment periga entrar na pauta do Congresso durante recesso parlamentar


postado em 30/11/2015 06:00 / atualizado em 30/11/2015 08:00

Renan Calheiros sofre pressão de peemedebistas para que os parlamentares sejam convocados durante o período de recesso(foto: Marcos Oliveira/Agência SEnado)
Renan Calheiros sofre press�o de peemedebistas para que os parlamentares sejam convocados durante o per�odo de recesso (foto: Marcos Oliveira/Ag�ncia SEnado)
 

Bras�lia – Com as amea�as de peemedebistas para que o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), convoque parlamentares durante o recesso de fim de ano caso o pedido de impeachment seja aceito, 2015 se transforma em um intermin�vel ano para o meio pol�tico. Recheado de ineditismos, como a reprova��o das contas de 2014 da presidente Dilma Rousseff pelo Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) e a pris�o pela Pol�cia Federal do senador da Rep�blica Delc�dio do Amaral (PT-MS), em pleno exerc�cio do mandato, 2015 vai ficar marcado na vida de pol�ticos e da sociedade como o ano que mergulhou o pa�s em uma verdadeira crise econ�mica e pol�tica. `

Na fogueira acesa no Congresso, o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que responde a um processo de cassa��o no conselho de �tica da Casa, prometeu decidir hoje sobre os sete pedidos de impeachment. O resultado, por�m, deve se arrastar at� pelo menos amanh�, quando Cunha espera receber ajuda de petistas na leitura do relat�rio de Fausto Pinato (PRB-SP) no conselho. “Cunha n�o vai decidir nada antes de saber se o PT vai salvar sua pele”, analisou um deputado.

Outro peemedebista descarta a possibilidade de Renan convocar parlamentares para uma sess�o extraordin�ria em meio ao recesso de fim de ano. “Os senadores est�o preocupados com outra situa��o, se est�o investigados ou n�o na Lava-Jato, se Delc�dio vai fazer dela��o premiada e n�o cabe decidir sobre sess�o extraordin�ria para falar de impeachment agora”, afirmou um deputado federal.

Nas �ltimas semanas, at� parecia que o governo tinha sa�do das cordas. A sombra do impeachment estava mais distante, gra�as ao fato de os holofotes da corrup��o terem passado a focar Eduardo Cunha, que responde a um processo no conselho e passou a ser questionado pelos pr�prios pares, que cobram sua ren�ncia. Al�m disso, o Planalto conseguiu manter alguns vetos estrat�gicos, como o que pro�be o reajuste m�dio de 59% para servidores do Judici�rio.

Mas a semana que passou transformou a bonan�a em um pesadelo. Na ter�a-feira, a Pol�cia Federal prendeu o pecuarista Jos� Carlos Bumlai, amigo �ntimo do ex-presidente Luis In�cio Lula da Silva. Na quarta, o estrago foi maior ainda. Agentes detiveram, em um hotel de Bras�lia, o senador Delc�dio do Amaral, acusado de planejar uma rota de fuga para Cerver� – o mesmo que teria sido indicado por Dilma e que est� preso na Pol�cia Federal por conta das investiga��es da Opera��o Lava-Jato. “N�o h� nada que esteja ruim que n�o possa piorar”, lamentou um interlocutor palaciano.

Apesar do discurso ufanista do governo de que “n�o temos nada a ver com Delc�dio”, a assepsia foi imediata. Nas palavras de um petista, o Planalto rifou Delc�dio como quem se livra de um c�o sarnento. “Ele foi preso �s 7h e, �s 8h, o Planalto j� espalhava que o l�der do governo no Congresso, senador Jos� Pimentel (PT-CE), acumularia as fun��es”, espantou-se um aliado de Dilma.

Mapa

A sa�da, apressada, � praticamente invi�vel. Pimentel tem na cabe�a todo o mapa de vota��es do Congresso, como est�o os projetos de interesse do governo, quem vota, como vota. N�o valeria a pena bagun�ar uma estrutura j� montada para suprir uma lacuna em outra que est� em aberto. “Em uma casa delicada na rela��o entre governo, PMDB e oposi��o, � complicado achar um nome adequado”, acrescentou um aliado do governo.

Para o vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), � ilus�o negar que a crise pol�tica se agravou na semana que passou, especialmente ap�s a pris�o de Delc�dio. “Mas h� uma longa pauta que precisava ser votada. Se n�o conseguimos resolver nossos problemas, que pelo menos pensemos no Brasil”, disse Viana.

O risco do impeachment tamb�m voltou para o radar palaciano. Apesar de acreditar que tem votos suficientes para barrar qualquer iniciativa neste sentido, o Planalto ficou incomodado com a possibilidade de Cunha ressuscitar esse assunto justamente agora. “Ficou feio ele resolver pautar isso na v�spera da reuni�o do conselho de �tica que aprovar� o pedido de cassa��o dele. Parece chantagem”, esperneou um l�der governista.


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