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Estado de Minas

Anota��o apreendida pela Procuradoria liga BTG Pactual a Eduardo Cunha

No pedido aceito para manter preso Andr� Esteves, s�cio do banco, MP menciona texto que indica pagamento de R$ 45 milh�es da institui��o ao peemedebista para mudar emenda


postado em 30/11/2015 06:00 / atualizado em 30/11/2015 08:06

Anota��o apreendida pela Procuradoria-Geral da Rep�blica aponta que o banco BTG Pactual pagou R$ 45 milh�es ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), hoje presidente da C�mara, para ver interesse do banco de Andr� Esteves atendido em uma emenda provis�ria. O texto foi encontrado por policiais federais na casa de Diogo Ferreira, chefe de gabinete do senador Delc�dio do Amaral (PT-MS), e preso com ele na quarta-feira no escopo da Opera��o Lava Jato.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o texto est� descrito no pedido da PGR para manter o assessor e Esteves presos por tempo indeterminado – o que foi aceito nesse domingo (29) pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo. A anota��o faz parte de um conjunto de pap�is que, na avalia��o dos investigadores, constitu�a um roteiro de a��o de Delc�dio junto a ministros do Superior Tribunal de Justi�a e do Supremo para tentar soltar o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerver�, tamb�m preso pela Lava Jato. No verso, h� um escrito com a refer�ncia ao BTG. “Em troca de uma emenda � medida provis�ria nº 608, o BTG Pactual, propriet�rio da massa falida do banco Bamerindus, o qual estava interessado em utilizar os cr�ditos fiscais de tal massa, pagou ao deputado federal Eduardo Cunha a quantia de 45 milh�es de reais”, diz o texto. Cunha considerou “absurdo” o papel ligando seu nome ao recebimento de dinheiro por parte do BTG.

Ordem p�blica

Na decis�o que converteu as pris�es de Andr� Esteves e do chefe de gabinete de Delc�dio do Amaral, Diogo Ferreira, de tempor�rias para preventivas, o ministro Teori Zavascki considerou que o material recolhido durante o cumprimento de mandados de busca e apreens�o e os depoimentos tomados no decorrer das pris�es s�o suficientes para preencher os requisitos para a decreta��o de pris�o preventiva. Isso significa que o Supremo considera que a manuten��o das pris�es � necess�ria para garantia da ordem p�blica e econ�mica, a conveni�ncia da instru��o criminal ou para assegurar a aplica��o da lei penal. Segundo o C�digo Penal, a pris�o preventiva � autorizada ainda quando h� ind�cio suficiente de autoria.

De acordo com acusa��o da Procuradoria Geral da Rep�blica, Diogo Ferreira e Andr� Esteves fizeram parte de um plano para tentar convencer o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerver� a n�o fazer dela��o premiada ou, se viesse a fazer, a ocultar informa��es sobre o petista. Em conversas gravadas pelo filho de Cerver�, Bernardo, o senador e seu chefe de gabinete, al�m do advogado do ex-executivo da Petrobras, Edson Ribeiro, conversam com ele sobre um plano de fuga para tirar o pai do pa�s pela fronteira com o Paraguai. Para garantir o sil�ncio sobre Delc�dio, o grupo ofereceu uma mesada de R$ 50 mil � fam�lia Cerver�. O dinheiro seria pago pelo banqueiro Andr� Esteves.

O banqueiro e o assessor de Delc�dio foram presos na quarta-feira, junto com o senador petista, por tentativa de atrapalhar o andamento das investiga��es da Opera��o Lava-Jato. Esteves est� em um pres�dio do Rio de Janeiro e o chefe de gabinete est� na Superintend�ncia da PF em Bras�lia, onde tamb�m est� Delc�dio.

Com a mudan�a, o prazo para manter os dois detidos, que era de apenas cinco dias pela pris�o em flagrante, � mais extenso, podendo durar enquanto o Judici�rio entender que h� risco para as investiga��es.

Nesse domingo � noite, Andr� Esteves decidiu renunciar por tempo indeterminado � presid�ncia executiva do BTG Pactual.


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