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Estado de Minas

Temer contradiz Bumlai sobre Cerver� na Petrobras


postado em 01/12/2015 16:19 / atualizado em 01/12/2015 16:36


(foto: Romerio Cunha/ Vice Presidencia)
(foto: Romerio Cunha/ Vice Presidencia)

 O vice-presidente da Rep�blica Michel Temer (PMDB) admitiu nesta ter�a-feira, 1, por meio de sua assessoria de imprensa, que se reuniu com o engenheiro Nestor Cerver� em 2007, em S�o Paulo, quando estava sendo discutida a substitui��o do executivo na diretoria Internacional da Petrobras.

Segundo o peemedebista, o encontro foi intermediado pelo pecuarista Jos� Carlos Bumlai, apontado como amigo do ex-presidente Lula, que telefonou para Temer e comentou do pedido do ex-diretor. Na ocasi�o, Temer era deputado federal e Cerver� queria ser mantido no cargo. A informa��o do vice-presidente contradiz o depoimento de Bumlai, preso h� uma semana, � for�a-tarefa da Opera��o Lava Jato. Nesta segunda-feira, 30, o amigo de Lula afirmou que n�o se dedicou a ajudar na manuten��o de Cerver� no cargo estrat�gico da estatal.

Bumlai citou, no fim de seu depoimento, o lobista Fernando Falc�o Soares, o Fernando Baiano, suposto operador de propinas do PMDB e um dos delatores da Lava Jato. "Gostaria de consignar que muito embora n�o se lembre se Fernando Soares lhe solicitou que intercedesse junto ao ent�o Presidente da Rep�blica (Lula) na manuten��o de Nestor Cerver� na Diretoria da �rea Internacional, recorda-se nunca ter envidado esfor�os para esta finalidade", afirmou Bumlai.

Segundo o vice-presidente Michel Temer, Cerver� estava buscando apoio para permanecer na estatal. O peemedebista alega que disse a Cerver�, no encontro, que "n�o poderia fazer nada". Ainda segundo Temer j� havia uma indica��o do ent�o presidente do PMDB de Minas, Fernando Diniz - morto em 2009 -, para nomear o engenheiro Jorge Zelada para o cargo.

Michel Temer, ainda por meio de sua assessoria, disse que na �poca n�o havia nenhuma den�ncia ou suspeita de irregularidade envolvendo Cerver� na Petrobras.

Nestor Cerver� foi preso na Lava Jato em janeiro de 2015. Condenado a 18 anos de pris�o por corrup��o e lavagem de dinheiro, o ex-diretor se tornou, em 18 de novembro, o novo delator do esquema de propinas instalado na Petrobras entre 2004 e 2014. Ele � o piv� da pris�o do senador Delc�dio Amaral (PT/MS).

Outro personagem da Lava Jato, o lobista Jo�o Augusto Henriques, ligado ao PMDB, afirmou em depoimento � Pol�cia Federal que Fernando Diniz o convidou para ser o diretor Internacional da Petrobras.

Jo�o Henriques foi preso em 21 de setembro na 19ª fase da Lava Jato e revelou ter depositado "pouco mais de um milh�o de d�lares" em uma conta que depois veio a saber pertencia ao presidente da C�mara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Segundo Henriques, a transfer�ncia para Cunha foi feita a pedido de Felipe Diniz, filho de Fernando Diniz.

Em sua dela��o premiada, Fernando Baiano tamb�m citou o deputado Fernando Diniz. Segundo Baiano, ele se reuniu com um advogado, ligado a Fernando Diniz, para tratar da perman�ncia de Cerver� na Diretoria. O lobista disse ao Minist�rio P�blico Federal que n�o se lembrava do nome do advogado, que mantinha neg�cios com o deputado.

"Na reuni�o o advogado falou que realmente a bancada mineira do PMDB na C�mara dos Deputados tinha a prerrogativa de indicar o Diretor Internacional da Petrobras e que inclusive havia inten��o de indicar o nome de Jo�o Augusto Rezende Henriques; que, no entanto, o nome de Jo�o Augusto Rezende Henriques estava tendo dificuldades de ser aprovado porque ele tinha um processo em tr�mite no Tribunal de Contas da Uni�o em raz�o de fotos relativos ao per�odo em que havia trabalhado na BR Distribuidora", relatou Fernando Baiano.

Na dela��o, o lobista afirma que sugeriu que Cerver� fosse mantido no cargo "mediante ajuda � bancada mineira do PMDB na C�mara dos Deputados". "Diante disso, o advogado solicitou o pagamento de aproximadamente R$ 1 milh�o mensais para a bancada mineira do PMDB na C�mara dos Deputados, a fim de que Nestor Cerver� fosse mantido no cargo de Diretor Internacional da Petrobr�s. O depoente explicou que, pelo fato de a Diretoria Internacional da Petrobr�s n�o ter contratos constantes, tendo apenas neg�cios pontuais, n�o teria como assumir esse compromisso."

Naquela ocasi�o, narrou Fernando Baiano, o pecuarista informou que, em raz�o da ajuda de Cerver� na contrata��o do Grupo Schahin para opera��o do navio sonda Vit�ria 10.000, o executivo havia sido indicado para a Diretoria Financeira da BR Distribuidora.

"Pelo que o depoente subentendeu, essa quest�o da indica��o de Nestor Cerver� para a Diretoria Financeira da BR Distribuidora, em retribui��o � ajuda prestada na contrata��o da Schahin para opera��o do navio sonda Vit�ria 10000, teria sido tratada com o presidente Lula."

Nestor Cerver� acabou indicado para o cargo de diretor financeiro da BR Distribuidora, onde permaneceu at� ser preso. Jorge Zelada assumiu o posto de Cerver� na Diretoria Internacional da Petrobras. Segundo Fernando Baiano, indicado pela bancada mineira do PMDB, na C�mara.


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