Bras�lia, 02 - Ap�s anunciar que aceitou o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT) feito pelos juristas H�lio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaina Paschoal, o presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que n�o havia como postergar mais a decis�o. "N�o ficaria com isso na gaveta sem decidir", afirmou, ressaltando que "nunca na hist�ria de um mandato" houve tantos pedidos para afastamento do presidente.
Cunha afirmou que o pedido seguir� "processo normal", dando amplo direito ao contradit�rio ao governo, e negou indiretamente uma atitude de revanche em rela��o ao governo. "Minha posi��o ser� a mais isenta poss�vel, sem nenhum esp�rito de torcida", afirmou. Na tarde desta quarta-feira, 2, a bancada do PT havia decidido votar contra o peemedebista no Conselho de �tica.
"N�o tenho nenhuma felicidade de praticar esse ato", disse. "A decis�o � de muita reflex�o e de muita dificuldade". O presidente da C�mara afirmou que o Pa�s passa por muitas crises e que � preciso que a possibilidade de afastamento da presidente seja uma quest�o a ser enfrentada.
No in�cio da coletiva de imprensa, Cunha afirmou que refutou pedidos baseados em acusa��es sobre mandatos anteriores ao atual e disse que entendeu como constrangimento acusa��es, divulgadas pela imprensa na segunda-feira, 30, de que teria recebido dinheiro do BTG em troca de aprova��o de medida provis�ria que favoreceu o banco.