O plen�rio do Congresso aprovou a proposta de revis�o da meta fiscal de 2015. O projeto permite ao governo da presidente Dilma Rousseff "legalizar" um d�ficit de at� 2% do Produto Interno Bruto (PIB) sem incorrer em crime de responsabilidade fiscal. A proposta permite � Uni�o, aos Estados e munic�pios apresentar este ano um d�ficit de at� R$ 119,9 bilh�es. Fixa tamb�m que at� R$ 57 bilh�es desse total podem ser abatidos da meta com o pagamento das chamadas "pedaladas fiscais".
Ap�s sete horas, a vota��o foi conclu�da momentos ap�s o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ter anunciado a abertura de um processo de impeachment contra Dilma. A oposi��o at� tentou em plen�rio interromper a aprecia��o da proposta, mas o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu manter a sess�o at� o fim. "Temos que respeitar democraticamente a posi��o de cada um", disse. Ao fim da vota��o, os oposicionistas gritaram "Fora Dilma! Impeachment!" e a base aliada "N�o vai ter golpe!".
O texto libera o Executivo para desbloquear o contingenciamento de R$ 11,2 bilh�es feito na segunda-feira, 30, por meio de decreto para cumprir recomenda��o do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU). O corte tempor�rio de recursos impedia o governo, desde o in�cio da semana, de pagar despesas n�o obrigat�rias, inclusive os gastos mais prosaicos, como pagamento de contas de �gua, luz e telefone. Os outros Poderes - Judici�rio e Legislativo - tamb�m providenciaram cortes, agora tornados sem efeito. Este � o segundo ano consecutivo que Dilma pediu o aval do Congresso para mudar a meta e fechar o ano com d�ficit.