
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pez�o (PMDB), criticou nesta quinta-feira, 3, a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff pelo presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha, e disse que seu correligion�rio n�o tem condi��es de permanecer no cargo. Para Pez�o, a decis�o de Cunha "n�o ajuda o Pa�s". "Ele deve se afastar", defendeu.
"� lament�vel que a gente v� para o segundo ano tendo que discutir impeachment, quando o Pa�s est� precisando que as pessoas se entendam. Respeitem o resultado das urnas", afirmou o governador, depois de visitar as obras da Linha 4 do metr� carioca. "J� perdemos um ano desmontando pauta-bomba, em que a racionalidade n�o imperou na C�mara Federal. Passamos um ano sem o Pa�s crescer, pessoas perdendo o emprego."
Pez�o interrompeu a entrevista coletiva para atender a uma liga��o de Dilma, que retornava a telefonema do governador. Pez�o se solidarizou com a presidente e disse que "pretende ajud�-la no que for poss�vel", mas que n�o tem como influenciar os deputados do Rio a votarem contra o impedimento de Dilma.
S�o necess�rios dois ter�os dos votos dos 513 deputados. "Eu n�o tenho esse poder de ter peso na bancada federal. O apelo que fa�o aos deputados e senadores do Rio � que a gente termine rapidamente com esse processo e d� governabilidade ao Pa�s", disse o governador. No fim da tarde desta quinta-feira, Pez�o se encontra com o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, que vai ao Pal�cio Guanabara.
Para Pez�o n�o h� paralelo entre a situa��o vivida por Dilma e a enfrentada pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello. "N�o d� pra comparar (com Collor)", afirmou. "Dilma � uma pessoa s�ria, uma pessoa honesta. Ela teve dificuldades de governabilidade porque o partido dela n�o soube entender o momento em que n�s sa�mos das elei��es. Mas ela � uma pessoa acima de qualquer d�vida sobre sua vida, sua dedica��o", afirmou Pez�o.
O governador comemorou ainda a altera��o da meta fiscal pelo Congresso, que d� f�lego para o governo federal liberar repasses ao Estado, que enfrenta uma das piores crises financeiras da sua hist�ria. Ele defendeu que a C�mara e o Senado criem "uma pauta positiva para o pa�s". "As pessoas est�o perdendo emprego. Estamos indo para uma taxa de desemprego de dois d�gitos. Precisamos fazer uma pauta positiva. Acho que essa n�o � a pauta", afirmou Pez�o, sobre o impeachment.