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Estado de Minas

Ministros pressionam Michel Temer para declarar apoio a Dilma


postado em 04/12/2015 06:00 / atualizado em 07/12/2015 19:18

Dilma reuniu-se com ministros para discutir estratégias contra o impeachment(foto: Roberto Stuckert Filho/APR)
Dilma reuniu-se com ministros para discutir estrat�gias contra o impeachment (foto: Roberto Stuckert Filho/APR)

Bras�lia - Ministros do governo trabalham para constranger o vice-presidente Michel Temer (PMDB) a se solidarizar publicamente com a petista durante a tramita��o do processo de impeachment. A estrat�gia ficou evidente  nessa quinta-feira (3) quando aliados de Dilma e de Temer deram vers�es conflitantes sobre o primeiro encontro de ambos ap�s o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ter anunciado que daria prosseguimento a um pedido de afastamento da petista.

Enquanto auxiliares da presidente se anteciparam a divulgar que o peemedebista “assumiu o compromisso” de estar junto com Dilma “na defesa da legalidade e da instabilidade institucional do pa�s”, aliados do vice diziam que ele se limitou a recomendar � presidente uma “postura institucional”, evitando o conflito com Cunha para “n�o aprofundar a crise j� posta”.

At� mesmo a dura��o do encontro foi motivo de diverg�ncia. O Pal�cio do Planalto divulgou que a reuni�o durou toda a manh�, enquanto pessoas pr�ximas a Temer diziam que os dois estiveram juntos por apenas 30 minutos.

O ministro Jaques Wagner (Casa Civil), por�m, negou que Temer tenha sugerido a Dilma n�o entrar em conflito p�blico com Cunha. “Eu estava presente na conversa inteira e n�o vi essa cita��o do vice-presidente”. Wagner aproveitou para dizer que Temer tem “uma longa trajet�ria de ser democrata e constitucionalista”. O PT e a pr�pria presidente Dilma t�m chamado de “golpe” a instaura��o do pedido de afastamento.

“Assim como n�s, Temer n�o v� nenhum lastro para esse processo de impeachment”, completou o ministro. � noite, Temer desmentiu Wagner, por meio de sua assessoria, afirmando que n�o afirmou que n�o havia lastro para o afastamento da petista. “Eu n�o disse isso em momento algum da minha conversa com a presidente”.

Prevendo o afastamento do vice que reuniu-se com senadores da oposi��o �s v�speras de Cunha anunciar que aceitaria o pedido de afastamento de Dilma, o governo passou a tentar levar Temer para o n�cleo decis�rio do Planalto, com o argumento de que ele “precisa defender um governo que � dele”.

A a��o � chancelada pelo ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, que, diante do afastamento de Temer das articula��es pol�ticas do governo, defendeu junto a Dilma que o vice tivesse mais import�ncia no governo. Lula chegou a incentivar que o vice ocupasse o Minist�rio da Justi�a no lugar de Jos� Eduardo Cardozo.

Ontem, durante evento no Rio de Janeiro, Lula atacou Cunha. “A tarefa maior neste instante � n�o permitir que essa loucura que o Eduardo Cunha fez tenha prosseguimento. Precisa decidir isso logo. Se a gente for esperar passar Natal, passar fevereiro, passar o carnaval, qual ser� o clima pol�tico neste pa�s? Qual investidor vai querer investir no Brasil? Qual empres�rio brasileiro vai querer colocar dinheiro na economia?”, disse Lula.

Estrat�gias

Acatando ou n�o o conselho de Temer, a petista sentou-se nessa quinta-feira (3) com os ministros da coordena��o pol�tica do governo para discutir estrat�gias contra o processo. Segundo na linha sucess�ria, Temer justificou sua aus�ncia no encontro pela agenda previamente marcada em S�o Paulo. Ele viajou ontem pela manh�, logo ap�s conversar com a presidente e s� deve retornar na ter�a-feira. Mesmo longe, o peemedebista deve continuar nas articula��es pol�ticas. Ap�s a deflagra��o do impeachment, o Pal�cio do Planalto adotou uma postura de que Temer � jurista, constitucionalista e pode ajudar nas rela��es com o Congresso.

Na quarta-feira � noite (2), Temer recebeu no Pal�cio do Jaburu o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e os senadores Romero Juc� (PMDB-RR), Eun�cio Oliveira (PMDB-CE), Valdir Raupp (PMDB-RO), al�m de Henrique Alves (PMDB-RN) e H�lder Barbalho. No jantar, ele refor�ou pedidos de cautela. O peemedebista n�o quer que o momento seja acirrado pelos senadores e recomendou se manterem na retaguarda. Inevitavelmente, alguns parlamentares da oposi��o confirmaram apoio ao vice caso ele seja conduzido ao cargo numa suposta sa�da da presidente. Temer, por�m, evita o tema e alega n�o querer concorrer em 2018, seguindo a trajet�ria de Itamar Franco ap�s a sa�da do ex-presidente Fernando Collor, em 1992.


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