A defesa do pecuarista Jos� Carlos Bumlai recorreu nesta segunda-feira, 7, ao Supremo Tribunal Federal (STF) com um novo pedido para que ele seja libertado. A decis�o est� nas m�os do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo.
Apontado como amigo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, Bumlai foi preso em 24 de novembro na 21ª fase da opera��o da Pol�cia Federal que investiga um esquema de corrup��o na Petrobras. Ele � suspeito de ter participado de uma opera��o fraudulenta em que um contrato da estatal serviu para saldar uma d�vida do PT.
A pris�o do pecuarista foi decretada pelo juiz Sergio Moro sob o argumento de que Bumlai "poder� recorrer a novos expedientes fraudulentos para acobertar a verdade" e porque h� um "natural receio" de que o pecuarista poderia utilizar seu nome "para obstruir ou para interferir na investiga��o ou na instru��o". Al�m disso, em fundamento n�o previsto em lei, a pris�o preventiva seria necess�ria para impedir danos "� reputa��o do ex-presidente".
"Nenhum dos argumentos suscitados para a decreta��o da pris�o resiste a uma reflex�o serena, minimamente distanciada do clamor p�blico", afirma a defesa de Bumlai no documento enviado ao STF. De acordo com a defesa, "press�gios, temores e receios de risco � instru��o criminal pelo que algu�m 'poderia' fazer (conquanto jamais o tenha feito) n�o se prestam a justificar uma pris�o preventiva".
Na semana passada, o ministro Marcelo Navarro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justi�a (STJ), negou o pedido de habeas corpus liminar para libertar o pecuarista. O empres�rio est� detido de maneira preventiva na superintend�ncia da Pol�cia Federal em Curitiba.
Com a pris�o dele, as investiga��es da Lava Jato avan�am sobre neg�cios do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES). O pecuarista foi preso no dia 24 de novembro em um hotel em Bras�lia, onde havia se hospedado no dia anterior para prestar, no dia seguinte, depoimento � CPI do BNDES, na C�mara dos Deputados.