(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Dilma, em meio � amea�a de impeachment, recebe cr�ticas de Temer


postado em 08/12/2015 16:01

A presidente Dilma Rousseff se viu isolada nesta ter�a-feira ap�s seu vice-presidente e l�der do maior partido da coaliz�o de governo sinalizar seu descontentamento em meio ao tumultuado processo de impeachment.

Michel Temer, l�der do PMDB, enviou uma carta pessoal a Dilma, queixando-se de ter sido tratado como "um vice-presidente decorativo" e que a presidente nunca confiou nele, de acordo com o texto divulgado pela imprensa.

A carta n�o foi comentada pela presidente, mas teve o impacto de uma bomba. Agora, o governo e o Partido dos Trabalhadores (PT) de Dilma devem refazer as contas, quando acreditavam ter os votos suficientes para salvar o mandato.

Temer, um advogado constitucional de 75 anos e que seria o sucessor de Dilma em caso de afastamento do cargo, tamb�m lan�ou um argumento que perturba a presidente: que o processo de impeachment promovido por tr�s advogados tem sustenta��o legal.

A presidente assegura que o impeachment - acusando-o de m� gest�o das finan�as p�blicas - � improcedente e alega ser v�tima de "um golpe" ap�s 11 meses de seu segundo mandato, depois de ter sido eleita com 54 milh�es de votos.

Dilma afirmou repetidamente nos �ltimos dias que confiava no apoio de Temer.

Em sua carta, Temer, entretanto, queixa-se do "menosprezo" para com ele e o PMDB. "Sempre tive ci�ncia da absoluta desconfian�a da senhora e do seu entorno em rela��o a mim e ao PMDB. Desconfian�a incompat�vel com o que fizemos para manter o apoio pessoal e partid�rio ao seu governo".

O deputado Silvio Costa, aliado do governo, disse que a carta era "inoportuna", enquanto o deputado Lucio Vieira Lima, do PMDB de Temer, disse � AFP que "o vice-presidente estava muito irritado com uma s�rie de movimentos do governo, querendo apont�-lo como lobista, conspirador, e a carta coloca tudo em seu lugar".

A carta n�o demorou a atrair as aten��es dos analistas de mercado, num momento em que o Brasil enfrenta sua pior recess�o em d�cadas e que o longo processo de impeachment pode paralisar o pa�s e agravar a situa��o econ�mica.

Guilherme Pereira Andre Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos em S�o Paulo, adverte para "um clima de guerra aberta" entre Dilma e o vice-presidente, o que vai atrasar o desfecho da crise.

Nesta ter�a-feira est� previsto o in�cio do processo com a instala��o de uma comiss�o especial de 65 deputados que dever� decidir sobre as acusa��es contra Dilma e, em seguida, propor ao plen�rio para que o rejeite ou deixe seguir adiante.

A integra��o da comiss�o de impeachment coincide com a reuni�o do conselho de �tica da C�mara, que decidir� se investigar� o presidente da C�mara de Deputados, Eduardo Cunha, por ocultar contas na Su��as supostamente ligadas � corrup��o na companhia petrol�fera estatal Petrobras.

Horas antes da divulga��o da carta de Temer, Dilma pediu ao Congresso para suspender o recesso de ver�o - de 23 de dezembro a fevereiro - e que os legisladores retornem ao trabalho ap�s as f�rias de fim de ano.

O governo quer resolver o problema o mais r�pido poss�vel para n�o atrasar a aprova��o do ajuste fiscal.

O processo � longo e complexo e pode dominar por v�rios meses a agenda pol�tica.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)