
Aos gritos de "Fora Cunha" de um grupo de manifestantes, a sess�o do Conselho de �tica que analisava o parecer preliminar que pede a admissibilidade do processo por quebra de decoro parlamentar contra o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi encerrada devido ao in�cio da ordem do dia. Essa � a quarta sess�o do colegiado destinada a apreciar o relat�rio do deputado Fausto Pinato (PRB-SP) que termina sem vota��o.
Num claro sinal de que n�o teria votos suficientes para barrar o processo contra o peemedebista, aliados de Cunha fizeram uma s�rie de quest�es de ordem e outros questionamentos para ganhar tempo e adiar a vota��o. Foi apresentado requerimento para adiar por cinco dias a vota��o, mas o pedido foi rejeitado pelo plen�rio. O presidente do colegiado, Jos� Carlos Ara�jo (PSD-BA) anunciou que a aprecia��o do parecer ser� retomada nesta quarta-feira, a partir das 13h30.
Durante sua fala, Pinato ressaltou que durante o processo Cunha ter� o direito de se defender. “Em momento algum, entro na quest�o de m�rito e levaremos em considera��o todas as pondera��es”, disse o relator.
O advogado Marcelo Nobre voltou a falar sobre o recurso apresentado no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo o afastamento de Fausto Pinato. O advogado alegou que, ao escolher o relator, o presidente do Conselho n�o levou em considera��o que o deputado � do mesmo bloco partid�rio que o presidente Eduardo Cunha. Nobre afirmou que tamb�m entrou com recurso regimental � Mesa, solicitando o afastamento de Pinato. “As dela��es n�o fazem prova de nada”, criticou. Segundo o advogado, Eduardo Cunha n�o mentiu na CPI .
O deputado Manoel Junior (PMDB-PB) formulou quest�o de ordem pedindo mais uma vez o afastamento do deputado J�lio Delgado (PSB-MG) do Conselho de �tica que vai definir pela continuidade ou n�o da representa��o contra o presidente Eduardo Cunha. Segundo Manoel Junior, por Delgado ter sido candidato contra Cunha para presid�ncia da Casa, ele n�o possui isen��o para julgar. “A posi��o de Delgado superou a disputa eleitoral. Ele n�o det�m a imparcialidade necess�ria”.
Com ag�ncias