Bras�lia, 09 - O PMDB anunciou nesta quarta-feira, 9 que a lideran�a do partido na C�mara passou para o deputado Leonardo Quint�o (MG). Ap�s o an�ncio, o novo l�der falou pouco e deixou que outros parlamentares da ala pr�-impeachment colaborassem com o discurso. Com o partido dividido entre o governo e a oposi��o, Quint�o frisou a necessidade de unificar a legenda em seu mandato. "N�s vamos conduzir a bancada � unidade", disse.
Com a discuss�o do impeachment cada vez mais acalorada, o novo l�der preferiu n�o tomar partido e voltou a falar em unidade. "Toda a decis�o tem que mostrar a maioria do partido, n�o tenho posi��o para lado A ou lado B". Ele disse ainda que se reunir� �s 14h30 com o vice-presidente da Rep�blica e presidente nacional do PMDB, Michel Temer (SP).
Sobre uma poss�vel aproxima��o com Dilma Rousseff, o l�der se mostrou disposto a conversar caso a presidente o convide, mas que a posi��o que ele apresentar� � a da ala majorit�ria do PMDB - ou seja, contr�ria ao governo.
Outro peemedebista, Darc�sio Perondi (RS), agradeceu a lideran�a de Leonardo Picciani (RJ) � frente do PMDB, mas ressaltou que o ex-l�der fez uma "liga��o direta com a presidente", e que o partido n�o considerou o movimento uma "boa pol�tica". Ele tamb�m criticou a falta de compromisso de Picciani com o programa Ponte para o Futuro, prioridade no partido. "A bancada n�o pode divergir de uma proposta analisada", disse.
Perondi exaltou o novo l�der Quint�o e frisou que o Brasil est� � "beira do precip�cio" e precisa de um "homem que aglutina".
Perguntado sobre uma eventual aproxima��o do partido com a presidente Dilma, Perondi afirmou que "� dif�cil conversar com a presidente". Ele destacou ainda que, caso Dilma conceda um minist�rio � bancada, o posicionamento da legenda na C�mara ser� n�o aceitar o convite.
A indica��o de Quint�o representa uma amea�a ao governo. Picciani havia se aproximado do governo e indicado dois nomes para a reforma ministerial de outubro, Celso Pansera (Ci�ncia e Tecnologia) e Marcelo Castro (Sa�de).