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Estado de Minas

Em Porto Alegre, Temer diz que ele e Dilma 'acertaram os ponteiros'


postado em 10/12/2015 17:01 / atualizado em 10/12/2015 17:15

(foto: AFP PHOTO/EVARISTO SA )
(foto: AFP PHOTO/EVARISTO SA )

O presidente da Rep�blica em exerc�cio, Michel Temer (PMDB), afirmou nesta quinta-feira que ele e a presidente Dilma Rousseff (PT) "acertaram os ponteiros" no encontro que tiveram nesta quarta-feira, 9, � noite, no Pal�cio do Planalto, o primeiro ap�s Temer enviar uma carta � Dilma dizendo que foi "menosprezado" pelo governo. "Conversamos, eu e a presidente e, digamos assim, acertamos os ponteiros", falou em palestra a um grupo de empres�rios e pol�ticos na capital ga�cha. "Ela compreendeu as manifesta��es que fiz de maneira pessoal. Se fosse um instrumento pol�tico, teria feito outra escrita." Dilma est� na Argentina para a posse do presidente Maur�cio Macri.

Nesta quarta-feira, ao deixar o encontro, Temer se limitou a dizer que ele e Dilma haviam combinado de "manter uma rela��o pessoal e institucional que seja a mais f�rtil poss�vel". � plateia que o ouviu no Rio Grande do Sul, o peemedebista explicou que escreveu a carta com o prop�sito que tem "todo o bom brasileiro". Ele tamb�m disse que, ontem, ele e a presidente se entenderam perfeitamente sobre os destinos do Pa�s. "Acertamos que tanto no plano pessoal como profissional ter�amos a rela��o mais prof�cua poss�vel. Quando isso ocorre � em nome do Pa�s", revelou.

Temer falou por cerca de 20 minutos. Segundo ele, � necess�rio estabelecer no Brasil um clima de otimismo que foi se perdendo com o tempo. "Quando voc� n�o tem entusiasmo dos setores eles n�o prosperam", disse. "A palavra que eu tenho procurado trazer � sempre de otimismo."

Reunifica��o do Pa�s

Temer voltou a falar na necessidade de reunifica��o do Pa�s e fez um chamamento a um processo de pacifica��o nacional. O presidente em exerc�cio disse que hoje h� uma esp�cie de dissens�o entre os brasileiros. Ele tamb�m disse que tem falado sobre este assunto com a presidente Dilma Rousseff (PT).

"Come�ou a se estabelecer, nos �ltimos tempos, uma guerra quase fratricida entre setores da sociedade. O que n�s precisamos � da pacifica��o nacional. Precisamos reunificar o Pa�s. Se quisermos realmente, e eu tenho trocado ideias com a presidente sobre isso, se quisermos fazer o Pa�s prosperar neste momento de dificuldade, n�s temos que chamar todos os setores sociais, todos os partidos pol�ticos. Temos que fazer quase um governo de uni�o nacional", falou.

No decorrer de seu pronunciamento, ele lembrou ganhos sociais, pol�ticos e econ�micos conquistados desde a Constitui��o de 1988. De acordo com Temer, o Brasil "cresceu com toda a liberdade" e que, num determinado ponto desse processo, "come�aram as reivindica��es". Ele citou a tese da democracia da efici�ncia, defendida pelo PMDB, para dizer que n�o se surpreendeu com as manifesta��es populares de 2013.

Em outro ponto, sem citar a crise atual, afirmou que a harmonia dos poderes est� acima da independ�ncia deles. "Importante dizer isso porque, sempre que h� desarmonia entre Executivo e Legislativo, h� uma inconstitucionalidade. N�o pode haver desarmonia", avaliou.

Durante o discurso, Temer foi aplaudido no momento em que defendeu o estabelecimento de um novo pacto federativo no Brasil. Ele disse que existe necessidade de haver uma reparti��o mais justa dos recursos, hoje majoritariamente nas m�os da Uni�o. A reformula��o do pacto federativo, segundo ele, passaria por uma reforma tribut�ria. "Se esta ideia for levada adiante, isso dar� um f�lego ao Pa�s".

A carta

O ex-ministro da Avia��o Civil Eliseu Padilha (PMDB) foi homenageado pela revista que promoveu o evento. Ao subir ao palco para agradecer o reconhecimento, antes de Temer falar, o pol�tico ga�cho disse que a carta enviada pelo vice-presidente era privada, mas que sua divulga��o teve um lado positivo.

De acordo com Padilha, todos os brasileiros tiveram a oportunidade de conhecer um outro lado de Temer que n�o o de vice-presidente. "Uma pessoa humilde, que quando � preterida sente, quando � magoada sente, como qualquer outro brasileiro. Ele se mostrou como �", disse, acrescentando que o colega de partido abriu seu cora��o e sua alma.

Na entrada do hotel onde ocorria o evento, Temer era esperado por um grupo de manifestantes contr�rios ao impeachment. A mobiliza��o fez com que o carro que levava o vice-presidente entrasse pelos fundos. Temer chegou com quase duas horas de atraso. Antes de se dirigir ao sal�o principal, se reuniu privadamente por alguns minutos com um pequeno grupo de convidados, entre eles o empres�rio Jorge Gerdau Johannpeter.

Depois, participou de almo�o e, na sequ�ncia, proferiu a palestra para lideran�as ga�chas. A c�pula do PMDB ga�cho compareceu em peso. Estavam presentes, al�m do ex-ministro da Avia��o Civil Eliseu Padilha, os deputados federais Darc�sio Perondi e Osmar Terra e os deputados estaduais Ibsen Pinheiro, que � presidente do partido no Rio Grande do Sul, e Edson Brum, que preside a Assembleia Legislativa do Estado. Tamb�m participaram representantes do PP e do PSDB. Nenhuma lideran�a do PT estava presente.


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