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Estado de Minas

Em prov�vel 'blefe', Bernardo Cerver� ouve Delc�dio dizer que 'Dilma vai agir'


postado em 11/12/2015 10:31 / atualizado em 11/12/2015 10:39

"Dilma vai agir, n�o sei se por filantropia ou porque a �gua chegou no pesco�o", teria dito Delc�dio (foto: Evaristo S�)

S�o Paulo - O filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerver�, Bernardo Cerver�, ouviu do ex-l�der do governo no Senado Delc�dio do Amaral (PT-MS) a frase: "Dilma vai agir". Para ele, o coment�rio soou como um "blefe" do parlamentar, preso no m�s passado acusado de tentar obstruir a Opera��o Lava-Jato.

"Dilma vai agir, n�o sei se por filantropia ou porque a �gua chegou no pesco�o", teria dito Delc�dio, segundo depoimento de Bernardo prestado � Procuradoria-Geral da Rep�blica em 19 de novembro. Ele descreveu os encontros com o ent�o l�der do governo nos quais se discutia uma estrat�gia para tentar livrar seu pai da cadeia. Ele gravou uma das reuni�es com Delc�dio em um hotel em Bras�lia, ocorrida no dia 4 de novembro. Nessa reuni�o, o senador disse ao filho de Cerver� que iria conversar com ministros do Supremo Tribunal Federal, insinuando que poderia ter influ�ncia sobre integrantes da Corte.

Seis dias depois do depoimento de Bernardo, o STF mandou prender Delc�dio, sob suspeita de tentar barrar a Lava-Jato e tramar a fuga de Nestor Cerver�, plano que teria ajuda financeira do banqueiro Andr� Esteves, do BTG Pactual, que tamb�m foi detido.

� Procuradoria-Geral, Bernardo contou ter recebido R$ 50 mil em dinheiro vivo em um escrit�rio de advocacia no Rio, valor que teria sido enviado por Delc�dio. Ele citou o advogado Edson Ribeiro, ex-defensor de seu pai, preso tamb�m por ordem do Supremo.

Para Bernardo, "95% dos coment�rios sobre movimenta��o pol�tica eram blefes, mas 5% podiam ser reais". "A impress�o do depoente de que nem toda promessa do senador era falsa se devia ao fato de que o senador efetivamente estava envolvido em atos de corrup��o na Petrobr�s e tinha interesse em evitar que Nestor Cerver� e Fernando Baiano (lobista e delator na Lava-Jato) dissessem o que sabiam � Pol�cia e ao Minist�rio P�blico."

Delc�dio, segundo Bernardo, tamb�m teria sugerido que ele buscasse ajuda com os senadores do PMDB Renan Calheiros (AL) e Edison Lob�o (MA), porque Nestor Cerver� teria "trabalhado com essas pessoas".

Renan e a Presid�ncia da Rep�blica n�o comentaram o caso. O criminalista Carlos Alberto de Almeida Castro, o Kakay, que defende Lob�o, afirmou: "Se Edison tivesse todo esse prest�gio para salvar algu�m, ele n�o seria alvo de quatro inqu�ritos no Supremo".


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