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Estado de Minas

Varj�o, da OAS, e Mario de Queiroz Galv�o, da Galv�o, est�o entre presos pela PF


postado em 11/12/2015 18:49

S�o Paulo, 11 - O presidente da OAS, Elmar Varj�o, e o membro do conselho de administra��o do Grupo Galv�o Mario de Queiroz Galv�o est�o entre os quatro executivos presos temporariamente nesta sexta-feira, 11, pela opera��o Vidas Secas da Pol�cia Federal que apura as suspeitas de desvio de R$ 200 milh�es em dois lotes da transposi��o do Rio S�o Francisco. Como s�o tempor�rias, as pris�es t�m prazo de cinco dias, podendo ser prorrogadas por mais cinco ou convertidas em preventiva por determina��o da Justi�a.

A pris�o de Varj�o ocorre quatro meses ap�s o ex-presidente da OAS, Jos� Adelm�rio Pinheiro Filho, conhecido como Leo Pinheiro, ser condenado a 16 anos de pris�o por corrup��o, lavagem de dinheiro e organiza��o criminosa no esquema de corrup��o na Petrobras. Como Leo Pinheiro foi preso em novembro do ano passado, j� � o segundo presidente da empreiteira preso por suspeita de envolvimento em esquema de desvio de dinheiro em um ano e 24 dias.

As investiga��es da Pol�cia Federal tamb�m atingem em cheio o Grupo Galv�o. Mario de Queiroz Galv�o foi preso nove meses ap�s seu irm�o e ent�o presidente do conselho de administra��o do grupo Dario de Queiroz Galv�o Filho ser detido pela Lava Jato, em mar�o deste ano. No dia 2 de dezembro deste ano, o juiz S�rgio Moro condenou Dario a 13 anos e dois meses de pris�o por corrup��o, lavagem de dinheiro e organiza��o criminosa

Ap�s serem detidos e denunciados na opera��o, Leo Pinheiro e Dario Galv�o se afastaram de seus cargos, suas empresas entraram em recupera��o judicial e diminu�ram suas carteiras de contratos. No caso da OAS, o cargo de presidente foi assumido por Elmar Varj�o.

Nesta manh�, contudo, Varj�o e Mario de Queiroz Galv�o foram detidos pela Pol�cia Federal por suspeita de desvios em obras de dois lotes da transposi��o do Rio S�o Francisco, entre o sert�o de Pernambuco e a Para�ba.

Al�m dos dois, tamb�m foram detidos o executivo da Galv�o Engenharia Raimundo Maur�lio de Freitas e o executivo Alfredo Moreira Filho, executivo da Barbosa Mello, o que a empreiteira nega.

Opera��o

Conduzida pela Pol�cia Federal em Recife, a investiga��o deflagrada nesta manh� apura as suspeitas de desvio em um contrato de R$ 680 milh�es do Minist�rio da Integra��o Nacional com o cons�rcio formado por OAS, Galv�o Engenharia, Barbosa Mello e Coesa. As investiga��es mostraram que essas empresas receberam verba do minist�rio para as obras e repassaram cerca de R$ 200 milh�es para as empresas de fachada dos doleiros Alberto Youssef e Adir Assad, j� condenados na Lava Jato por lavarem dinheiro e operarem o pagamento de propinas no esquema de corrup��o na Petrobras.

Iniciada no ano passado, a opera��o partiu de informa��es do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) e Controladoria-Geral da Uni�o (CGU). Ap�s um compartilhamento de informa��es com a Opera��o Lava Jato, a PF constatou uma movimenta��o de dinheiro do Minist�rio da Integra��o para contas das empreiteiras e, posteriormente, para empresas de fachada do doleiro Alberto Youssef.

Ao todo cerca de 150 policiais federais cumpriram nesta manh� 32 mandados, sendo 24 de busca e apreens�o, quatro de condu��o coercitiva e quatro de pris�o tempor�ria nos Estados de Pernambuco, Goi�s, Mato Grosso, Cear�, S�o Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia e em Bras�lia.

Outro lado

A reportagem encaminhou e-mail para a assessoria de imprensa da OAS, mas ainda n�o obteve retorno. O telefone da assessoria da empresa n�o atende.

Em nota, a assessoria do Grupo Galv�o informa que a empresa ainda n�o tomou conhecimento dos detalhes da investiga��o e que "tem o compromisso de colaborar com o poder p�blico para que tudo seja esclarecido da melhor forma poss�vel�.

O Minist�rio da Integra��o Nacional informou que "n�o comenta investiga��es em curso".

O criminalista Antonio Augusto Figueiredo Basto, que defende Youssef, afirmou que ainda n�o teve acesso �s investiga��es do caso e que "a defesa de Alberto Youssef s� vai comentar depois de estudar o processo".

O criminalista Miguel Pereira Neto, defensor de Adir Assad, disse que ainda n�o tomou conhecimento dos detalhes da investiga��o que deu base � Vidas Secas, miss�o da Pol�cia Federal. "Depois que tivermos acesso aos autos � que poderemos nos manifestar", disse.

O advogado Leonardo Bandeira, respons�vel pela defesa da Barbosa Mello, afirmou que nenhum diretor ou executivo da empresa foi preso ou conduzido para depor e que nem a empresa nem seus executivos foram alvos de buscas nesta manh�. Segundo o defensor, "a empresa ainda est� tomando conhecimento do caso".


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