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Estado de Minas

Temer ignora apelo de Dilma e tenta unir PMDB em torno do impeachment


postado em 13/12/2015 11:05

Numa "guerra fria" em que o rompimento se mostra iminente, a presidente Dilma Rousseff e seu vice, Michel Temer, definiram estrat�gias distintas para enfrentar o processo de impeachment. No roteiro do vice - que assumir� a Presid�ncia num eventual afastamento de Dilma - o ponto principal � a unifica��o da bancada do PMDB da C�mara, dividida ao meio pelos vaiv�ns sobre a escolha do seu l�der.

No campo oposto, o Pal�cio do Planalto aumenta a press�o sobre os deputados da bancada peemedebista que det�m cargos do governo federal, sobretudo nos Estados. As amea�as lado a lado ser�o cada vez mais frequentes.

Na conversa que tiveram na noite de quarta-feira, Temer e Dilma afirmaram que buscariam uma conviv�ncia "prof�cua". No entanto, o vice deixou claro que vai se dedicar ao comando do PMDB. Segundo aliados do vice, se Dilma buscar fustig�-lo dentro da sigla, Temer vai promover uma conven��o do partido para consolidar o rompimento com o governo.

Antes, por�m, o vice almeja unificar a bancada do partido em torno do seu nome.

Depois, pretende atrair para sua �rbita outros partidos da base do governo, como PSD, PR, PTB e PP. O arremate da t�tica � for�ar a sa�da dos ministros peemedebistas remanescentes na Esplanada.

Segundo relatou ao Estado um auxiliar do vice-presidente, a estrat�gia inicial � "consolidar" a for�a de Temer na C�mara. "Esse � o primeiro passo, pois temos certeza de que, se houvesse uma conven��o nacional do partido agora, a tese do rompimento venceria de lavada", disse. Hoje, no entanto, o Planalto ainda exerce muita influ�ncia na bancada. "A caneta ainda est� com a Dilma", afirma um deputado peemedebista da ala governista.

O mesmo se reproduz em outros partidos da base aliada. "� por isso que est� todo mundo de olho no PMDB. Se de fato o partido se unir e romper em favor do impeachment, os demais partidos da base v�o fazer o mesmo", conta um dirigente do PP que tem participado das conversas com o grupo de Temer. "Podemos ir at� o vel�rio, mas ningu�m vai querer ser enterrado com o governo."

A divulga��o da carta a Dilma em que reclama de falta de confian�a foi o primeiro passo de Temer em favor do rompimento. Depois, os aliados mais pr�ximos do vice articularam a troca do l�der do PMDB na C�mara. Tachado como "demasiadamente governista", Leonardo Picciani (RJ) foi trocado por Leonardo Quint�o (MG). Agora, Picciani quer dar o troco em Quint�o com altera��es na bancada.

A decis�o foi tomada ap�s apresenta��o de uma lista � Mesa Diretora da C�mara com o apoio de 35 dos 66 deputados em favor de Quint�o. O Pal�cio do Planalto vai tentar reverter essa decis�o. Alguns deputados, que det�m cargos federais em seus Estados, come�aram a ser pressionados a voltar atr�s e assinar uma nova lista para Picciani reconquistar a lideran�a.

"Se fizerem isso, vamos reagir com a convoca��o da conven��o nacional e promover o rompimento definitivo com o governo", diz o deputado L�cio Vieira Lima (PMDB-BA). "N�o ser� tolerada nenhuma a��o agressiva do Planalto sobre a bancada. Temos capacidade de pensar o que � melhor para o Brasil."

Ap�s garantir a uni�o dentro do PMDB, o pr�ximo passo do grupo de Temer � pressionar a demiss�o dos ministros ligados � bancada do PMDB. Indicados por Picciani, Marcelo Castro (Sa�de) e Celso Pansera (Ci�ncia e Tecnologia) j� adiantaram que v�o tentar resistir. Castro chegou a dizer que se fosse preciso voltaria ao cargo de deputado para ajudar Picciani voltar � lideran�a.

Com origem na C�mara, mas garantido no cargo gra�as a Temer, o ministro Henrique Eduardo Alves (Turismo) tem dito publicamente que vai trabalhar para que n�o haja rompimento com Dilma. Contudo, a interlocutor pr�ximo, j� disse que fica no cargo "s� at� a hora que o Michel quiser".


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