O deputado federal Eder Mauro (PSD-PA), que tamb�m � delegado de pol�cia licenciado, chamou a aten��o dos cerca de 6 mil manifestantes - segundo a Pol�cia Militar, 1.200 - ao simular a pris�o do ex-presidente Lula, algemando-o, durante o protesto pr�-impeachment da presidente Dilma Roussef, realizado pelas ruas centrais da capital paraense na manh� deste domingo.
Em frente ao Teatro da Paz, na Pra�a da Rep�blica, um grupo de 80 manifestantes ligados ao PT e a partidos de esquerda gritou palavras de ordem contra o deputado, chamando-o de "fascista". A Pol�cia Militar formou um cord�o de isolamento entre os grupos pr� e contra o impeachment, evitando que houvesse confronto f�sico.
"Tem que tirar esses corruptos do poder, porque ningu�m aguenta mais essa gente", disse o estudante Jairo Soares, 22 anos, que defende n�o apenas a sa�da de Dilma, como a do deputado Eduardo Cunha. "� tudo farinha do mesmo saco, eles s� t�m feito mal ao Brasil", concordou a professora Helena Harmont, de 38. O professor de Economia da Universidade Federal do Par� (Ufpa) Gilson Costa afirmou que o atual governo "n�o representa a classe trabalhadora e os pobres das regi�es Norte e Nordeste". Para ele, o sentimento contr�rio � corrup��o e a favor da sa�da de Dilma acabou por unir setores e tend�ncias pol�ticas diversas como a direita e dissidentes de esquerda que n�o apoiam o governo.
Segundo Jos� Marcos Fonteles de Lima, o "Marc�o", um dos l�deres da CTB, a data de hoje, escolhida pela direita para a manifesta��o, � a mesma que em 1968 mergulhou o pa�s no Ato Institucional nº 5, o AI-5, que cassou pol�ticos e perseguiu opositores do regime militar. "Eles n�o v�o conseguir dar outro golpe, porque esse movimento a cada dia est� mais esvaziado", resumiu Marc�o.