Bras�lia – A Procuradoria da Rep�blica cobra uma repara��o de R$ 53,5 milh�es do empres�rio e pecuarista Jos� Carlos Bumlai - suposto amigo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva -, do cl� Schahin, do ex-tesoureiro Jo�o Vaccari Neto e de outros seis investigados na Opera��o Passe Livre, desdobramento da Lava-Jato. Eles s�o acusados de corrup��o e lavagem de dinheiro e suspeitos de participar de um esquema de propina na contrata��o da Schahin Engenharia, em 2009, como operadora do navio-sonda Vitoria 10.000.
"O valor corresponde � quantia atualizada pelos juros da quita��o do empr�stimo de Bumlai oferecido como contrapartida pelo contrato de opera��o da sonda Vitoria 10.000, acrescido do montante de propina oferecida ao ex-gerente da Petrobras Eduardo Musa (US$ 1 milh�o)", aponta a den�ncia.
De acordo com as investiga��es, a assinatura do contrato de opera��o da sonda em favor da Schahin ficou condicionada � quita��o de um empr�stimo de R$ 12 milh�es concedido pelo Banco Schahin em 2004, que beneficiou o PT. O empr�stimo foi concedido formalmente para Bumlai, mas se destinava, segundo a apura��o, ao PT.
"Ato de of�cio da Petrobras vendido em troca da quita��o do empr�stimo, ou seja, o PT tinha uma d�vida com a Schahin e o pagamento dessa d�vida se daria mediante ato de of�cio da Petrobras feita com o Grupo Schahin", disse o coordenador da for�a-tarefa da Lava-Jato e procurador da Rep�blica Deltan Dallagnol.
A acusa��o atinge ainda a c�pula do grupo Schahin - Milton Schahin, Salim Schahin e Fernando Schahin (filho de Milton) -, o ex-tesoureiro do PT Jo�o Vaccari, os ex-diretores da �rea Internacional da Petrobras Nestor Cerver� e Jorge Luiz Zelada, o ex-gerente executivo da estatal Eduardo Musa, o lobista Fernando Falc�o Soares, o Fernando Baiano, al�m de um filho (Mauricio Bumlai) e uma nora do pecuarista (Cristiane Bumlai).
Bumlai foi preso em 24 de novembro na Opera��o Passe Livre, desdobramento da Lava-Jato. Na ocasi�o, Cristiane Dodero Bumlai, Guilherme Bumlai e Mauricio Bumlai, nora e filhos do empres�rio, foram conduzidos coercitivamente – quando o investigado � levado para depor e depois liberado.