Ap�s reunir-se por cerca de duas horas com a presidente Dilma Rousseff, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB-RJ), evidenciou o racha no seu partido e do vice-presidente Michel Temer e disse acreditar que a maioria da sigla n�o est� voltada para a "tenta��o de tomar o poder".
Paes ironizou a carta enviada por Temer a Dilma na semana passada ao dizer que "nos dias de hoje � melhor um manifesto do que uma carta" e, evitando usar o termo "golpe" disse que se PMDB tem que definir um lado e defender a democracia. "A gente precisa ter posi��o nesse momento. O PMDB est� a favor da democracia, das institui��es, ou quer garantir autoritarismo, defender o autoritarismo, n�o vou usar express�o golpe, mas algo parecido com isso", disse.
O prefeito do Rio disse que o partido nunca escondeu sua vontade de estar ao poder e que � leg�tima a inten��o de ter um candidato pr�prio em 2018. "Eu tamb�m estou sedento para estar com o PMDB na presid�ncia da Rep�blica", disse Paes, que � tido como um pr�-candidato do partido nas pr�ximas elei��es presidenciais. "Agora quero que dispute a elei��o em 2018, com candidato pr�prio, essa � a melhor maneira de chegar � Presid�ncia", afirmou.
Segundo ele, � preciso reconhecer que a presidente foi eleita democraticamente e o partido, por fazer parte da alian�a, tem que dar "tranquilidade" para que o Brasil possa avan�ar. "A gente sabe que essa crise econ�mica existe, mas ela foi agravada por essa loucura pol�tica", disse.
Para o prefeito, o processo de impedimento � sem sentido e t� ocorrendo "de forma estapaf�rdia". "O que se faz nesse momento no Brasil � um desrespeito � democracia", disse, ressaltando que a presidente Dilma n�o cometeu nenhum crime de responsabilidade fiscal.
Paes elogiou ainda a postura do Supremo Tribunal Federal (STF) de barrar o processo para definir um rito para o impeachment e disse que ao menos a Justi�a est� tentando organizar esse processo.