Temer convoca reuni�o do PMDB para impedir filia��es oportunistas

Bras�lia - A executiva nacional do PMDB se re�ne na quarta-feira pela manh�, em Bras�lia, para aprovar resolu��o impedindo que filia��es consideradas "oportunistas" pelas lideran�as peemedebistas sejam aprovadas. A estrat�gia foi definida no final da tarde desta segunda-feira, entre o vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer, e o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em reuni�o realizada no anexo do Pal�cio do Planalto.

Com isso, Temer, que � presidente do PMDB, e Cunha querem impedir que a presidente Dilma Rousseff consiga cooptar deputados de outros partidos como o PR, para o PMDB, de forma a conseguir os votos necess�rios para tirar Leonardo Quint�o da lideran�a do partido e devolver o comando da legenda na C�mara a Leonardo Picciani.

Esta � mais uma parte da guerra travada entre Dilma e Temer que levou ao completo estremecimento nas rela��es dos dois, depois da carta que o vice-presidente mandou para ela, na semana passada, se queixando do tratamento que recebeu dela aos longos dos cinco anos de governo, alegando que ela o trata como vice "decorativo". Agora os dois tem apenas tem rela��es institucionais e Temer amea�a antecipar tamb�m a convoca��o da executiva para definir o completo rompimento com o Planalto e sa�da do PMDB do governo, o que Dilma quer evitar.

Cunha foi ao encontro de Temer para lhe informar que teria sido informado de que est� tudo acertado para a transfer�ncia do deputado Altineu Cort�s, do Rio, que sairia do PR para entrar no PMDB. A opera��o foi toda montada pelo deputado Leonardo Picciani e seu pai, Jorge Picciani, com ajuda do governador Luiz Fernando Pez�o, todos do Rio de Janeiro.

Outra movimenta��o que est� sendo feita � para que parlamentares saiam de seus postos em estados amigos para dar lugar a suplentes que seriam do PMDB e apoiariam a volta de Picciani � lideran�a do PMDB, assim como a possibilidade de parlamentares que est�o em secretarias estaduais voltarem � C�mara tamb�m para ajudar Picciani.

O governo acha que al�m de devolver a lideran�a a Picciani, poderia tamb�m ter estes votos no plen�rio quando e se o processo de impeachment de Dilma chegar at� l�. Toda esta movimenta��o irritou ainda mais Temer e Cunha.

Temer, na conversa com Dilma semana passada havia pedido � presidente que n�o interferisse em assuntos internos do partido, que comanda h� 14 anos. Dilma, no entanto, ignorou os apelos do seu vice e partiu para a briga, dando prosseguimento �s investidas para devolver a lideran�a a Picciani e restabelecer algum controle sobre a legenda, que lhe garanta votos no Congresso, seja para medidas econ�micas, seja para barrar o seu afastamento.