S�o Paulo - A senadora Marta Suplicy, que deixou o PT e filiou-se ao PMDB, demonstrou a apoiadores confian�a em sua candidatura para a Prefeitura de S�o Paulo no ano que vem e disse, na noite dessa segunda-feira (14), que n�o haver� disputa interna no seu novo partido pela indica��o para disputar o comando da maior cidade do Pa�s.
"Fui muito bem recebida pelo PMDB, no Senado, pelo presidente Michel Temer. Foi um ato de muita coragem tamb�m. Fui l� conversar com ele (Temer), n�o exigi nada, nem ser candidata a prefeita. Ele falou que eventualmente at� poderia ter disputa, porque tinha outro candidato que ia ficar meio decepcionado. Eu falei 'gente, pra mim n�o tem problema nenhum, se tiver disputa estou l�. Gra�as a Deus n�o vai ter disputa nenhuma. Est� dando tudo certo", disse Marta ao pegar o microfone para discursar.
A senadora n�o citou nominalmente, mas referiu-se ao presidente municipal do PMDB, Gabriel Chalita, que � secret�rio e aliado do prefeito petista Fernando Haddad - provavelmente o maior rival de Marta em 2016, j� que os dois disputariam uma fatia semelhante do eleitorado, mais � esquerda.
Fora Chalita, que especula-se pode deixar o PMDB, a c�pula do PMDB paulista foi ao evento de Marta. Os quatro vereadores estavam no bar onde ocorreu o evento: Nelo Rodolfo (l�der), Ricardo Nunes, George Hato e Rubens Calvo, al�m do deputado estadual Jorge Caruso e do deputado federal Baleia Rossi, presidente do PMDB estadual. Todos em clara demonstra��o de apoio a Marta, alguns j� chamando-a de "nossa prefeita".
Marta retribuiu o apoio e j� pediu votos aos presentes na elei��o para vereadores. "Vamos ter v�rios candidatos a vereador, espero que voc�s ajudem, votem nos nossos candidatos, pra que a gente aprove os projetos necess�rios. � muito bom apresentar o grupo de parlamentares que temos aqui", disse chamando os colegas de PMDB para perto de si.
Cr�ticas a Haddad
Marta evitou falar diretamente no nome de Haddad - que participou da sua gest�o quando foi prefeita (2005 a 2008) e para quem fez campanha em 2012 - mas centrou as cr�ticas ao rival no fato de ele "dividir" a cidade com medidas pol�micas. "S�o Paulo est� dividida, temos agora um prefeito que n�o consegue fazer nada para a cidade. A ciclovia, 'ciclotinta', metade da cidade acha lindo, metade n�o quer. A (avenida) Paulista fechada, metade da cidade tem horror, com comerciante xingando", afirmou a senadora.
"A gente n�o pode ter na cidade de S�o Paulo algu�m que n�o una a cidade. � muito forte essa cidade, precisamos da uni�o de todos. Tem que ter foco, tem que ter prioridade, ciclovia 'ciclotinta' n�o � prioridade para uma cidade do tamanho de S�o Paulo. N�o sou contra, mas (a quest�o) n�o pode ser maior que a cidade. Vamos ver como est� a educa��o, os CEUs que est�o abandonados", completou ao citar o projeto que nasceu em sua gest�o, dos Centros Educacionais Unificados.