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Estado de Minas

Renan mostra a senadores carta em que chama Temer de 'mordomo de filme de terror'


postado em 17/12/2015 10:31 / atualizado em 17/12/2015 10:48

Renan Calheiros e Michel Temer entraram rota de colisão pelo controle do0 PMDB(foto: Evaristo Sá)
Renan Calheiros e Michel Temer entraram rota de colis�o pelo controle do0 PMDB (foto: Evaristo S�)

Bras�lia - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), cogitou enviar uma carta ao vice-presidente Michel Temer depois que os dois trocaram farpas, nessa quarta-feira, 16, em torno da decis�o da Executiva Nacional do PMDB de aprovar resolu��o destinada a interferir em filia��es ao partido.

Renan levou um esbo�o de seus escritos e pediu a opini�o de colegas no plen�rio. Segundo relatos, ele disse que iria sugerir ao vice que, se perdesse o cargo, Temer poderia pensar em outros empregos, como "mordomo de filme de terror ou carteiro".

A refer�ncia a "carteiro" seria uma alus�o � carta privada que o vice endere�ou � presidente Dilma Rousseff na qual reclamava de que n�o tinha a confian�a da petista. "Mordomo de filme de terror" foi ironia lan�ada contra Temer, em 1999, pelo ex-senador Ant�nio Carlos Magalh�es, j� falecido. Na �poca, ACM era presidente do Senado e reagiu a nota enviada pelo peemedebista, ent�o presidente da C�mara.

"N�o envie carta alguma, o senhor n�o deve se rebaixar", aconselhou um senador petista a Renan ainda nessa quarta, no plen�rio. As considera��es n�o foram suficientes e o presidente do Senado resolveu consultar outros colegas no jantar de Natal oferecido por ele na resid�ncia oficial.

Bem-humorado, Renan se uniu a uma roda de senadores de oposi��o e confessou o plano de escrever uma carta, sugerindo as novas qualifica��es de Temer. Os senadores se divertiram com a possibilidade, mas recomendaram temperan�a. "Escreve, dorme e amanh� o senhor avalia se deve enviar", sugeriram.

Alguns parlamentares, no entanto, levantaram a hip�tese de que Renan n�o enviaria a carta. Mostrando seus escritos de roda em roda durante o jantar, ele j� faria com que o recado chegasse facilmente a Temer, sem precisar mandar selar o envelope.

O vice-presidente n�o foi convidado para a festa. "Se foi, j� foi desconvidado", suspeitou um tucano. Outro avaliou que o jantar � para o Senado e que, nos �ltimos anos, tamb�m n�o contou com o vice.

Temer e Renan trocaram cr�ticas, nessa quarta-feira, ap�s a Executiva decidir que a dire��o nacional do PMDB, sob comando do vice-presidente, dar� a palavra final em filia��es partid�rias. O objetivo seria impedir a entrada de nomes pr�-governo suficientes para reverter a troca do l�der do PMDB na C�mara.

O presidente do Senado, que � presidente do diret�rio estadual do partido em Alagoas, chamou a medida de "retrocesso" e "um horror". Em resposta, Temer disse que "o PMDB n�o tem dono e nem coron�is".

Jantar


Os senadores compareceram em peso ao jantar de confraterniza��o promovido por Renan. A rua que d� acesso � resid�ncia oficial do Senado estava abarrotada de carros oficiais. A exce��o foi um modesto modelo hatch, estacionado inconvenientemente na esquina pelo senador Reguffe (PDT-DF), que se recusa a usar o carro oficial.

"O Senado est� todo a�, o que refor�a o esteio que Renan representa hoje. Ele � um dos poucos pilares que ainda sustentam o governo", analisou C�ssio Cunha Lima (PSDB-SP).

Muito diferente da badalada festa oferecida pelo l�der do PMDB no Seando, Eun�cio Oliveira (CE) h� uma semana, o jantar de Renan teve ares de confraterniza��o oficial. A maior parte dos convidados deixou a casa ap�s duas horas de evento.

O card�pio n�o teve extravag�ncias. Na sa�da, os convidados ganhavam de lembran�a um bolinho e uma mensagem com os votos da fam�lia Calheiros.

Ministros peemedebistas tamb�m marcaram presen�a. Celso Pansera, respons�vel pela pasta de Ci�ncia e Tecnologia, alvo de buscas da Opera��o Lava Jato nesta semana, apresentou-se a cada um dos convidados, cumprimentando-os. Houve quem criticasse, relembrando que, noutros tempos, era o ministro quem era recebido com pompas de autoridade.

Nas rodinhas de conversa, os senadores se ativeram �s amenidades e preferiram evitar temas pol�ticos. A exce��o foi Romero Juc� (PMDB-RR), que apresentou uma tese para amenizar o insucesso da pol�tica de concess�es. Ele sugeriu cr�dito subsidiado �s empresas participantes para compensar as altas taxas de retorno. Como pr�mio, demais senadores lhe concederam o t�tulo de futuro ministro da Fazenda, com a esperada sa�da do cargo do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

N�o faltaram tamb�m par�dias do desentendimento entre a ministra da Agricultura K�tia Abreu (PMDB) e o senador Jos� Serra (PSDB-SP), ocorrido na festa anterior. A ministra jogou vinho em Serra ap�s ser chamada por ele de "namoradeira" Elogiada pelo seu vestido, a senadora Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) brincou, avisando que estava com a ta�a de vinho na m�o.

K�tia Abreu tamb�m n�o perdeu a festa. Desta vez, foi acompanhada do marido. Serra n�o apareceu.


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