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Estado de Minas

Delc�dio recebeu propina sobre contrato de US$ 500 mi no governo FHC, diz Cerver�


postado em 17/12/2015 13:19 / atualizado em 17/12/2015 13:59

Delcídio do Amaral(foto: Wilson Dias/Agência Brasil )
Delc�dio do Amaral (foto: Wilson Dias/Ag�ncia Brasil )
S�o Paulo - O ex-diretor da �rea Internacional da Petrobras Nestor Cerver�, um dos delatores da Opera��o Lava-Jato, afirmou que o senador Delc�dio do Amaral (PT/MS) recebeu propina de contratos das empresas Alstom e GE quando ambos trabalhavam na Diretoria de G�s e Energia da Petrobras, em 2001, no Governo Fernando Henrique Cardoso. Em um dos acertos, afirmou o ex-diretor, a propina saiu de um contrato de US$ 500 milh�es de turbinas de ar.

Delc�dio foi preso em 25 de novembro sob acusa��o de tramar contra a Opera��o Lava-Jato. O senador temia a dela��o premiada do ex-diretor e, segundo o Minist�rio P�blico Federal, tentou comprar o sil�ncio de Cerver�.

Preso desde janeiro de 2015, Nestor Cerver� aceitou contar o que saber sobre o esquema de corrup��o e propinas instalado na Petrobras em troca de benef�cios como redu��o de pena. Em seu termo de colabora��o n�mero 1, o ex-diretor contou que Delc�dio Amaral assumiu a fun��o de diretor da estatal em 1999, por indica��o do PMDB. No ano seguinte, contou Cerver�, ele pr�prio foi convidado por Delc�dio para compor a rec�m criada Diretoria de G�s e Energia.

"No per�odo em que trabalhou vinculado a Delcidio Amaral, o declarante (Cerver�) e Delc�dio Amaral receberam propina da empresa Alstom, com base em um contrato de aquisi��o de turbinas a g�s pela Petrobras", diz Cerver� na sua declara��o. O ex-diretor disse que "recebeu em torno de US$ 600 mil a US$ 700 mil" e "que os pagamentos ocorreram na Su��a". Afirma, ainda n�o saber quanto o senador recebeu, mas que deveria "ter sido muito mais do que os valores pagos ao declarante, j� que Delc�dio Amaral era diretor de G�s e Energia, hierarquicamente superior ao declarante."

Cerver� detalhou outro recebimento de propina no mesmo contrato. "O declarante sabe que, nessa �poca, Delc�dio Amaral tamb�m recebeu propina da empresa GE, igualmente com base em contrato de aquisi��o de turbinas a g�s pela Petrobras; que em rela��o a essa aquisi��o o declarante n�o recebeu propina O neg�cio girou em torno de US$ 500 milh�es e Cerver� tamb�m n�o sabia quanto Delc�dio Amaral teria recebido.

No depoimento, Cerver� afirmou que Delc�dio deixou a diretoria no fim de 2001. Ap�s a sa�da, Delc�dio se filiou ao PT e foi eleito senador por Mato Grosso do Sul.

Delc�dio Amaral j� havia sido citado por outro delator da Lava-Jato. O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa o apontou como destinat�rio de propinas da Alstom.

Costa j� havia dito tamb�m em dela��o premiada que, em fun��o do problema de racionamento de energia el�trica "no ano de 2001 ou 2002", a Petrobras adquiriu emergencialmente turbinas a g�s para termoel�tricas. Na �poca, Delc�dio era diretor de G�s e Energia da estatal.

Por meio da Diretoria de G�s e Energia da Petrobras, foi adquirida uma quantidade de turbinas bastante superior a necess�ria", declarou Costa. "V�rias turbinas permaneceram por longo per�odo de tempo no almoxarifado da Petrobras". Segundo Costa, "havia coment�rios de que a Alstom havia pago propina em raz�o dessa opera��o de compra de turbinas."

Delc�dio negou, em depoimento � Pol�cia Federal, que tenha tramado contra a Lava-Jato ou recebido propinas.

Em nota, a GE se defendeu das den�ncias. "A GE desconhece qualquer irregularidade em seus contratos com a Petrobras. A GE possui pol�ticas e procedimentos que garantem pr�ticas comerciais �ticas, investiga qualquer preocupa��o e coopera com as autoridades sempre que apropriado. Al�m disso, a empresa informa que no in�cio de novembro de 2015 adquiriu a Alstom Energia no mundo todo e refor�a seu total compromisso com a integridade e cumprimento das leis."


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