S�o Paulo, 17 - O governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), voltou a elogiar o pr�-candidato � Prefeitura da capital paulista do seu partido Jo�o D�ria, mas negou que apoie algum nome abertamente. "O Jo�o Doria � extremamente trabalhador, tem esp�rito p�blico, agora quem escolhe candidato � o partido, n�o � uma escolha pessoal, � uma escolha partid�ria. No caso do PSDB, dever� ter pr�via, s�o 25 mil filiados que v�o escolher o candidato", disse o governador.
Questionado se Doria teria seu apoio nas elei��es pr�vias, previstas para ocorrerem em fevereiro, Alckmin se esquivou. "Quem for o escolhido pelo partido, ter� nosso total apoio, agora eu destaquei que Jo�o D�ria � uma pessoa extremamente preparada, muito trabalhador, 'workaholic'", afirmou Alckmin, ele mesmo tamb�m conhecido por ser viciado em trabalho.
Na noite de segunda-feira, 14, como revelou o jornal O Estado de S. Paulo, Alckmin sinalizou apoio a Doria em jantar na casa do empres�rio Fl�vio Rocha, para cerca de 100 pessoas. "Vitor Hugo dizia que nada segura a ideia que chegou seu tempo. E eu quero dizer que ficarei muito feliz se esse tempo for Jo�o Doria para trabalhar para S�o Paulo", disse Alckmin na ocasi�o.
O segundo candidato inscrito, at� o momento, nas pr�vias do PSDB para ser o candidato a prefeito na Capital � o vereador Andrea Matarazzo, que conta com apoio de outros caciques de peso no partido - senador Jos� Serra e ex-presidente Fernando Henrique Cardoso entre eles.
Cunha
Nesta quinta-feira, 17, ap�s participar de um evento na capital paulista, Alckmin evitou as pol�micas da pol�tica nacional. Sobre Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que teve seu afastamento como deputado federal e, consequentemente como presidente da C�mara, pedido pela Procuradoria-Geral da Rep�blica, o governador se limitou a defender o rito institucional e n�o comentou o pedido do procurador-geral Rodrigo Janot.
"Fui deputado federal e a C�mara fez o que tinha que fazer. H� uma den�ncia, designou-se a comiss�o de �tica, o relator apresentou seu relat�rio, haver� o direito de defesa, vai se julgar e resolver."
Dilma
Sobre o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff ou seu afastamento via cassa��o da chapa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e como essas movimenta��es podem ser afetadas pelo pedido da PGR contra Cunha, o governador tucano tamb�m preferiu n�o analisar diretamente. "Essas coisas (impeachment e cassa��o de Dilma) n�o dependem da vontade de ningu�m. No TSE, � uma quest�o jur�dica, cabe aos ministros analisar", disse. "O que eu tenho dito � que � preciso acelerar essas coisas, porque a morosidade leva a uma paralisia, com graves consequ�ncias n�o s� politicas mas tamb�m econ�mica. Quanto mais r�pido se definir essas quest�es, melhor para o Pa�s", completou.
Agenda
Alckmin assinou um decreto que beneficia o setor de telemarketing e evento ao lado de dirigentes da Uni�o Geral dos Trabalhadores (UGT). O governo reduziu a al�quota de ICMS para as empresas do setor de 25% para 15%, com objetivo de preservar empregos no momento de crise.
O governador foi elogiado pelo presidente da UGT, Ricardo Pattah, que chegou a dizer esperar ver Alckmin um dia presidente da Rep�blica. O pr�prio Pattah tem aspira��es pol�ticas e trabalha para ser lan�ado candidato a prefeito da capital paulista pelo PSD de Gilberto Kassab. Durante o evento desta quinta-feira, dirigentes e militantes da UGT o chamavam de 'nosso prefeito'.