Cunha diz a aliados considerar que impeachment se encerra em mar�o na C�mara

Bras�lia, 17 - Confiante de que a maioria dos ministros Supremo Tribunal Federal (STF) manter� o entendimento do ministro Edson Fachin sobre a tramita��o do impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), considerou, nesta quinta-feira, 17, em reuni�o com l�deres partid�rios, que o processo de afastamento da petista deve ser conclu�do na Casa na segunda semana de mar�o.

Em relat�rio apresentado ontem no STF sobre o rito de impeachment, o ministro Edson Fachin imp�s derrota ao governo ao rejeitar pontos centrais na tentativa do governo de barrar o processo de afastamento iniciado na C�mara. O processo continua em discuss�o na tarde desta quinta no plen�rio da Suprema Corte.

De acordo com tr�s l�deres da base ouvidos pela reportagem, que se reuniram hoje com o Eduardo Cunha, o cronograma discutido no gabinete da presid�ncia da C�mara prev� que logo na primeira semana de fevereiro a instala��o da comiss�o especial que conduzir� o processo de impeachment.

Em seguida se suspender� os prazos regimentais em raz�o do recesso do carnaval. E ap�s esse per�odo ser� aberto o prazo de 10 sess�es para a presidente Dilma apresentar sua defesa e mais cinco sess�es para se apresentar o relat�rio. Pelos c�lculos de Cunha, o processo estaria no plen�rio na segunda quinzena de mar�o.

Diante desse cronograma, Cunha, segundo entendimento dos l�deres, n�o conta com a possibilidade de deixar o mandato. O pedido de afastamento do peemedebista do cargo foi apresentado ontem ao STF procurador-geral, Rodrigo Janot, mas a decis�o dos ministros da Suprema Corte deve ocorrer ap�s o recesso no Judici�rio.

Segundo relatos dos tr�s l�deres, nas conversas Cunha tamb�m chegou a colocar em discuss�o a possibilidade de criar uma chapa avulsa para disputar as vagas da "chapa opositora" que ainda n�o foram preenchidas. No �ltimo dia 8 de dezembro, em vota��o secreta, o plen�rio da C�mara elegeu a chapa alternativa integrada por deputados de oposi��o e dissidentes da base governista para a comiss�o especial. Na ocasi�o, a chapa foi composta apenas por 39 deputados, restando a indica��o de outros 26 para que se completasse o total de 65 membros.