
O peemedebista disse que pretende contemplar todas as alas da bancada, inclusive deputados da sigla que s�o favor�veis ao afastamento da presidente Dilma Rousseff.
"Haver� mudan�as nos nomes. Vamos come�ar do zero e conversar com o conjunto das alas, para encontrar uma escala��o que unifique a bancada", afirmou Picciani, que foi reconduzido � lideran�a do PMDB nessa quinta-feira, oito dias ap�s ser destitu�do do posto por articula��o da ala pr�-impeachment da bancada do PMDB e do vice-presidente Michel Temer.
"Ainda n�o pensei em nenhuma propor��o (para divis�o das vagas), mas vamos contemplar a todos", disse. Questionado se vai ouvir os peemedebistas pr�-impeachment e se eles ter�o lugar na comiss�o especial, o l�der respondeu: "N�o podemos fingir que eles n�o existem. Faremos uma composi��o nova, um novo processo".
Picciani tinha sido destitu�do do cargo no �ltimo dia 9 de dezembro, ap�s peemedebistas contr�rios ao governo articularem lista com 35 assinaturas que indicou o deputado Leonardo Quint�o (MG) como l�der em seu lugar. O movimento contr�rio ao parlamentar carioca come�ou ap�s ele se recusar a contemplar deputados da ala pr�-impeachment da presidente Dilma para algumas das oito vagas a que o PMDB tem direito na comiss�o especial.
A articula��o terminou com a elei��o de uma chapa avulsa, formada apenas por deputados contr�rios ao governo. Ontem, contudo, a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal decidiu que s� ser�o aceitas chapas com membros indicados pelos l�deres partid�rios. Al�m disso, determinou que a elei��o dos integrantes do colegiado dever� ser aberta e n�o secreta. Na pr�tica, a decis�o da Corte anulou a vota��o que j� tinha ocorrido.
Calend�rio
Picciani afirmou que vai aguardar a decis�o do novo calend�rio para a tramita��o do processo de impeachment na C�mara, ap�s as decis�es do STF. "Creio que agora o processo vai transcorrer dentro da estabilidade de normas. Impeachment � um fato jur�dico-pol�tico excepcional. At� agora o processo vinha acontecendo com muitas mudan�as de dire��o, estava incerto, por causa da condu��o da Mesa da C�mara. Agora as regras est�o claras, vejo as decis�es do Supremo com muita clareza", afirmou.
O presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), marcou reuni�o de l�deres nesta segunda-feira, 21, para discutir o assunto. "J� estou conversando com alguns deputados, inclusive dos que n�o votaram em mim para l�der. Mas acho que essa decis�o (do rito) vai ficar para a volta do recesso, ent�o teremos mais tempo para conversar", disse.
O l�der do PMDB reconheceu que pode ter se "equivocado" quando n�o contemplou a ala pr�-impeachment na �ltima indica��o. "Se parte da bancada tem vis�o de que me equivoquei, n�o me cabe contestar. Vamos buscar o m�ximo de unidade poss�vel agora", afirmou. Ele reconheceu que atualmente h� divis�es na bancada em rela��o ao impeachment. "H� uma divis�o sem d�vida, muito embora continue identificando que a maioria ou � contr�ria ou � indefinida", comentou.
Sobre a possibilidade de os peemedebistas favor�veis ao impeachment fazerem nova tentativa de retir�-lo da lideran�a, Picciani disse esperar que este assunto "esteja resolvido". "Temos elei��o de l�der marcada para o in�cio de fevereiro. A decis�o ser� no voto, sem constrangimento dos deputados. Quem quiser a unidade do partido vai aguardar a elei��o em fevereiro", declarou.
Embora tenha se insurgido contra a resolu��o da executiva nacional do PMDB, apoiada pelo vice-presidente da Rep�blica e presidente do partido Michel Temer, que dificultou a filia��o de novos parlamentares, o que tamb�m foi duramente criticado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Picciani negou que esteja em curso um movimento para tirar Temer do comando nacional da legenda. Renan e Temer travaram uma discuss�o p�blica nos �ltimos dois dias. O senador afirmou que o PMDB "n�o tem dono" e Temer respondeu que "n�o tem dono nem coron�is".
Picciani defendeu Renan. "Entendo as manifesta��es do presidente Renan como um apelo � unidade do partido e n�o uma tentativa de divis�o", afirmou.