O presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou neste s�bado (19) que o vice-presidente Michel Temer "jamais recebeu qualquer coisa que n�o seja doa��o ao PMDB" e desmentiu "com veem�ncia" supostas cobran�as de suborno feitas ao presidente da OAS, Jos� Adelm�rio Pinheiro, conhecido como Leo Pinheiro. "Temer jamais recebeu qualquer coisa que n�o seja a doa��o ao PMDB. Nem Temer nem ningu�m no partido que eu saiba", disse.
Segundo a reportagem, a cita��o ao pagamento feito a Temer estaria em uma troca de mensagens entre Pinheiro e Cunha. O presidente da C�mara teria reclamado que o pagamento ao vice prejudicou e adiou repasse a outros l�deres peemedebistas, que ele chama de "turma". A conversa estaria armazenada no celular de Pinheiro, que foi apreendido no ano passado.
Cunha disse que, apesar de n�o ter visto a pe�a e n�o ter condi��es de comentar o assunto, qualquer di�logo "com quem quer que seja" tratando de valores � referente � doa��o partid�ria. "Toda e qualquer men��o a valores s�o correspondentes �nica e exclusivamente a doa��es partid�rias", refor�ou.
O presidente da C�mara garantiu ainda que o partido tem todas as doa��es devidamente registradas. "Tenha certeza de que qualquer valor citado encontrar� a respectiva doa��o contabilizada e declarada a Justi�a Eleitoral", afirmou.
Questionado se a troca de mensagens com Pinheiro existiu, Cunha insistiu: "N�o vi a pe�a e nem conte�do di�logo. Logo sobre isso n�o vou falar."
Cunha disse que n�o conversou com o vice-presidente ap�s a divulga��o da reportagem, pois "n�o precisa" falar com ele para saber que n�o h� doa��o ilegal. Para o presidente da C�mara, a cita��o a Temer provavelmente se deve ao fato dele ser o presidente do PMDB e nessa condi��o ser o respons�vel no partido "por autorizar e, junto com tesoureiro, contemplar a distribui��o dentro partido das doa��es", afirmou. "O resto s�o ila��es e fofocas que n�o t�m amparo nos fatos."
Em nota, o vice-presidente confirmou o recebimento de R$ 5,2 milh�es da empreiteira e disse que foram doa��es ao PMDB devidamente registradas no partido e na presta��o de contas entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Houve dep�sitos na conta do partido e a devida presta��o de contas ao Tribunal. Tudo j� comprovado por meio de documentos. A simples consulta �s contas do PMDB poderia ter dirimido qualquer d�vida que, por acaso, pudesse ser levantada sobre o assunto", escreveu Temer.