
Delc�dio do Amaral foi preso dia 25 de novembro pela Pol�cia Federal sob suspeita de tramar contra a Lava-Jato. O senador planejou a fuga - que n�o ocorreu - de Nestor Cerver� com medo da dela��o premiada que o ex-diretor da �rea Internacional da Petrobras estava para fechar com a Procuradoria - o acordo foi assinado no dia 18 de novembro. Segundo os investigadores, aliado ao banqueiro Andr� Esteves, do BTG Pactual, Delc�dio pretendia financiar as despesas de Cerver� e de sua fam�lia. O ex-diretor foi preso em janeiro por suspeita de corrup��o e lavagem de dinheiro no esquema instalado na estatal petrol�fera entre 2004 e 2014.
A manifesta��o de Rodrigo Janot foi dada nos autos do requerimento da defesa de Delc�dio que pedia a revoga��o da pris�o cautelar do senador. "H� se compreender que este tipo de agente criminoso, violando de forma grave as fun��es relevant�ssimas que lhe foram confiadas pelo voto popular, n�o media esfor�os para atingir os fins il�citos."
Para o procurador-geral da Rep�blica, em liberdade Delc�dio continuar� na linha do crime. "Certamente assim continuar�, j� deixou bem claro seu modo de atua��o."
Janot alertou para a 'gan�ncia (de Delc�dio) em ter recursos desviados dos cofres p�blicos para interesses exclusivamente privados'.
O procurador apontou, ainda, para a 'influ�ncia direta' de Delc�dio na Petrobras. "Os documentos apreendidos em seu poder comprovam que ele tinha inger�ncia nos quadros respectivos. Foram encontradas diversas anota��es referentes a pessoas que deveriam ou n�o deveriam ocupar cargos na estatal, al�m de diversos documentos relativos � sua reestrutura��o"
Ao indeferir o requerimento de revoga��o da pris�o provis�ria de Delc�dio, em decis�o do dia 17, o ministro Teori Zavascki ressaltou. "Nesse contexto n�o h� motivo suficiente a alterar os fundamentos do decreto prisional ou apto a justificar a revoga��o da pris�o decretada em 24 de novembro de 2015. Ao contr�rio, foram encontradas na posse do chefe de gabinete do senador Delc�dio do Amaral anota��es que corroboram os ind�cios probat�rios j� existentes, assim como estavam em seu poder c�pias das colabora��es premiadas de Fernando Falc�o Soares e Nestor Cerver�, cobertas por sigilo legal."