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Estado de Minas

Embaixada do Catar pediu a Bumlai reuni�o com Lula


postado em 23/12/2015 19:19 / atualizado em 23/12/2015 19:34

E-mails em poder da Pol�cia Federal revelam que o empres�rio e pecuarista Jos� Carlos Bumlai usou seu prest�gio e amizade com o ex-presidente Lula para fazer lobby e interceder em um neg�cio envolvendo a Embaixada do Catar e uma empresa de vendas e fus�es interessada na aquisi��o de usina de a��car no Brasil. As correspond�ncias s�o datadas de 21 de fevereiro de 2014. Em uma delas, Bumlai escreveu para o secret�rio executivo do ent�o embaixador do Catar, Mohammed Al Hayki. "Estive hoje tratando do assunto e o sr. Ex-presidente volta dia 27 de fevereiro para o Brasil e marcar� a data conforme solicitada no e-mail da Embaixada, ou seja antes de 19 de mar�o."

No cabe�alho da mensagem, enviada �s 20h38 daquele dia, Bumlai anotou: "Assunto: Re: Qatar, Embaixador do - Audi�ncia com o Ex-Presidente Lula."

O e-mail de Bumlai respondia a uma mensagem que ele havia recebido �s 13h45 do mesmo dia. O remetente foi Thiago Del Vecchio, que se identifica como "secret�rio" da Embaixada. Ele pede provid�ncias do pecuarista para uma reuni�o com Lula. Nesses termos. "Prezado sr. Jos�. O Embaixador do Qatar, Exmo. Sr. Mohammed Al Hayki, gostaria de se encontrar com o Ex-Presidente Lula a qualquer dia do dia 10 at� o dia 19 de mar�o de 2014, no hor�rio que melhor convir ao Ex-Presidente. O senhor poderia verificar se existe essa possibilidade? Atenciosamente, Thiago L. Del Vecchio, Secret�rio."

Interrogado pela Pol�cia Federal sobre o conte�do das mensagens, Bumlai declarou. "Esclarece que apenas atendeu ao pedido do secretario do Embaixador do Qatar porque havia uma explica��o anterior da demanda dada por Marcelo Horcades Coutinho, s�cio de Eleazar de Carvalho Filho numa empresa de vendas, fus�es e aquisi��es de empresas."

Segundo o amigo de Lula, Marcelo Horcades lhe disse que uma empresa do Catar, a Catar Trading, tinha planos de comprar uma usina de �lcool no Brasil. "O embaixador do Qatar desejava avisar o Governo Brasileiro desta inten��o, mas n�o estava conseguindo. O embaixador do Qatar desejava que Luiz In�cio Lula da Silva conversasse sobre o tema com a Presidente Dilma Rousseff."

Ainda de acordo com Bumlai, o empres�rio disse que "o ex-presidente Lula se aproximou dos pa�ses �rabes e que a presidente Dilma Rousseff n�o tinha este interesse".

O interrogat�rio de Bumlai ocorreu na segunda-feira, 21. Foi o terceiro interrogat�rio do amigo de Lula. O pecuarista est� preso desde 24 de novembro, alvo da Opera��o Passe Livre, desdobramento da Lava Jato que investiga empr�stimo de R$ 12 milh�es contra�do por Bumlai em outubro de 2004 junto ao Banco Schahin - o real destinat�rio do dinheiro foi o PT, segundo confessou Bumlai.

Nas duas ocasi�es anteriores em que foi ouvido pela PF, Bumlai blindou o ex-presidente Lula. Ele afirmou que jamais manteve qualquer tipo de neg�cio com o petista. A PF o indagou, no terceiro interrogat�rio, sobre o e-mail para a Embaixada do Qatar em que cita Lula. "Este epis�dio foi at�pico e n�o reflete a rela��o do reinterrogando com o ex-presidente Lula."

Indagado novamente se confirma que nunca tratou de assuntos comerciais ou pol�ticos com Lula, o pecuarista respondeu que "al�m do caso narrado acima, n�o se recorda de outros epis�dios".

O delegado Fillipe Hille Pace, que conduziu os interrogat�rios, avalia que Bumlai "faltou com a verdade" ao afirmar que nunca tratara de assuntos comerciais e pol�ticos com Lula. A PF mergulhou no emblem�tico empr�stimo de R$ 12 milh�es realizado por Bumlai junto ao Schahin. O amigo de Lula disse, anteriormente, que virou "ref�m" do Grupo Schahin que n�o queria dar como quitada a d�vida at� que conseguisse fechar contrato de US$ 1,6 bilh�o com a Petrobras para opera��o de navio sonda, a partir de 2009.

Questionado se confirma que "nunca conversou" com o ex-presidente sobre o problema que enfrentava com a Schahin, o pecuarista disse. "Nunca conversou sobre este tema com ele (Lula)."

A PF insistiu. Indagado se mant�m sua �ltima afirma��o, "uma vez que lhe foi demandado que dissesse se tem certeza sobre o fato de que nunca tratou de seu empr�stimo com Lula, disse que acredita e que tem quase certeza de que nunca tratou deste tema com o ex-presidente"


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