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Estado de Minas

Pol�cia Federal p�e 18 vezes nome de Lula em interrogat�rio de Bumlai

A linha de questionamentos da PF a Jos� Carlos Bumlaii revela que os investigadores buscam algum ind�cio de envolvimento do ex-presidente e do PT nos neg�cios do pecuarista


postado em 24/12/2015 15:29

José Carlos Bumlai(foto: Valter Campanato/Agência Brasil )
Jos� Carlos Bumlai (foto: Valter Campanato/Ag�ncia Brasil )
A Pol�cia Federal lan�ou 18 vezes o nome do ex-presidente Lula no termo do novo interrogat�rio do empres�rio e pecuarista Jos� Carlos Bumlai, amigo do petista desde 2002. O interrogat�rio � o terceiro em s�rie a que foi submetido Bumlai desde que a PF o prendeu dia 24 de novembro na Opera��o Passe Livre, desdobramento da Lava-Jato que investiga o emblem�tico empr�stimo de R$ 12 milh�es tomado pelo pecuarista junto ao Banco Schahin, em outubro de 2004 - o real destinat�rio do dinheiro foi o PT, segundo Bumlai. O inqu�rito � dirigido pelo delegado da PF Filipe Hille Pace.

Um longo trecho do interrogat�rio, realizado na segunda-feira (21), � dedicado �s rela��es do pecuarista com Lula, que teve seu nome registrado 18 vezes no termo. O Instituto Lula, criado pelo ex-presidente quando deixou o Pal�cio do Planalto, no in�cio de 2003, foi citado tr�s vezes.

A linha de questionamentos da PF a Bumlai revela que os investigadores buscam algum ind�cio de envolvimento do ex-presidente e do PT nos neg�cios do pecuarista. Em todas as vezes em que a PF o indagou sobre Lula, o prisioneiro blindou o ex-presidente - como j� o fizera nos relatos anteriores.

Sobre o cap�tulo Schahin, o pecuarista disse que o empr�stimo foi negociado na presen�a do ent�o tesoureiro do PT, Del�bio Soares - mais tarde r�u e condenado no processo do Mensal�o. A PF tamb�m questionou Bumlai sobre e-mail dele para o secret�rio da Embaixada do Catar em Bras�lia, em fevereiro de 2014, em que o pecuarista demonstra empenho em agendar uma reuni�o com o ex-presidente.

Indagado sobre se a presen�a de Del�bio Soares na sede do Banco Schahin representava para o reinterrogando o interesse de Luiz In�cio Lula da Silva na realiza��o do empr�stimo, disse que n�o. “Na verdade, sua (Del�bio) presen�a traduzia o interesse do Partido dos Trabalhadores.”

Que indagado 'se est� tentando proteger figuras p�blicas de responsabilidade no epis�dio, tais como o ex-presidente da Rep�blica e outros dirigentes do Partido dos Trabalhadores, tais como seu presidente � �poca Jos� Geno�no, respondeu que n�o est� tentando proteger ningu�m’.

Que indagado ‘se se sentiria constrangido em n�o atender a uma solicita��o do ent�o presidente da Rep�blica Luiz In�cio Lula da Silva, disse, em suas palavras: “que solicita��o ele poderia me fazer? Ele n�o precisava de mim para nada. Acho que ele n�o me pediria nada. Ele tinha as pessoas de confian�a dele. Eu n�o era uma pessoa assim.”

Que indagado ‘se seria uma pessoa de confian�a de Luiz In�cio Lula da Silva, disse acreditar que sim, exceto em assuntos relativos a neg�cios’.

Que indagado ‘se, em verdade, o suposto constrangimento que sofreu n�o advinha do fato de que o pedido para que o reinterrogando tomasse o empr�stimo em prol do Partido dos Trabalhadores teria partido do ent�o presidente da Rep�blica Luiz In�cio Lula da Silva ou de outros dirigentes da agremia��o pol�tica, respondeu negativamente’.

Que indagado ‘se realmente nunca tratou de quest�es comerciais ou pol�ticas com Luiz In�cio Lula da Silva, respondeu que n�o’.

Que perguntado ‘se exercia fun��es de secret�rio de Luiz In�cio Lula da Silva disse que n�o’.

Que perguntado ‘sobre a forma de comunica��o que mantinha com Luiz In�cio Lula da Silva disse que entrava em contato atrav�s do n�mero de sua esposa’.

Que ‘pelo que o reinterrogando sabe Luiz In�cio Lula da Silva nunca possuiu um n�mero de celular pr�prio’.

Que ‘durante os anos de 2014 e 2015, n�o repassou qualquer demanda de interessados em solicitar reuni�es, palestras e outros pleitos a Luiz In�cio Lula da Silva’.

Que ‘indagado novamente se confirma que nunca tratou de assuntos comerciais ou pol�ticos com Luiz In�cio Lula da Silva respondeu que, al�m do caso narrado acima (e-mail da Embaixada do Catar), n�o se recorda de outros epis�dios, contudo, gostaria de esclarecer que n�o possui rela��es comerciais com Lula’.

Que ‘indagado qual o motivo que a autoridade policial tem para acreditar na vers�o dos fatos dado pelo reinterrogando se ele continua a omitir e mentir sobre fatos relevantes para a investiga��o, respondeu que o caso anterior (EMbaixada do Catar) reflete a necessidade de elucida��o de fatos que chegam ao conhecimento das autoridades com o avan�ar das investiga��es’.

Que ‘gostaria de afirmar que n�o existir�o tantos outros fatos a serem elucidados’.

Que ‘considerando que, no entender da autoridade policial, o reinterrogando faltou com a verdade ao afirmar que nunca tratara de assuntos comerciais e pol�ticos com Luiz In�cio Lula da Silva indagado se confirma que nunca conversou com o ex-presidente sobre o problema que enfrentava com a Schahin, disse que nunca conversou sobre este tema com ele’.

Que ‘indagado se mant�m sua �ltima afirma��o, uma vez que lhe foi demandado que dissesse se tem certeza sobre o fato de que nunca tratou de seu empr�stimo com Lula, disse que acredita e que tem quase certeza de que nunca tratou deste tema com o ex-presidente’.

O Instituto Lula n�o comentou.


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