Bras�lia, 30 - Respons�vel pela defesa da presidente Dilma Rousseff no processo de impeachment, o advogado-geral da Uni�o, Lu�s In�cio Adams, avalia que a tese usada para afastar a presidente perdeu "f�lego" e afirma que o governo continua com "pressa" para tirar o assunto da pauta. Para Adams, a decis�o da equipe econ�mica de pagar as pedaladas fiscais ainda este ano ajuda a demonstrar que o governo est� disposto a cumprir as orienta��es dos �rg�os de controle e que o debate sobre a assinatura de decretos or�ament�rios � uma tentativa de criar uma "infra��o" que, na verdade, n�o existe.
O advogado-geral argumenta ainda que n�o h� consenso nem mesmo entre os partidos da oposi��o sobre a sa�da de Dilma e que um eventual impeachment da petista sem "unidade" poderia criar uma "fratura" institucional do Pa�s.
"Um pa�s que sofra um processo de cassa��o sem uma unidade � um pa�s que se fratura, e essa � uma fratura pol�tica muito pesada, muito forte, muito complicada. Por isso que eu acho que esse processo de cassa��o n�o tem f�lego para sobreviver. Porque a sustenta��o dele � s� pol�tica, n�o � jur�dica", afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo.
O advogado-geral da Uni�o diz ainda que o governo vai trabalhar para acelerar a conclus�o do processo, mas admite que o ritmo do andamento do impeachment est� nas m�os do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), atualmente rompido com o Pal�cio do Planalto. "Pressa a gente tem. Mas o problema � que o processo est� paralisado, e a retomada depende da C�mara", disse.
Para ele, o governo n�o pode descuidar da articula��o pol�tica em janeiro, mas deve aproveitar o recesso parlamentar para concentrar seus esfor�os na formula��o de medidas para ajudar o Pa�s a superar a crise econ�mica.